sexta-feira, 17 de julho de 2015

Padre de BH, Minas Gerais antenado nas redes sociais para a evangelização

Religioso tem o hábito do autorretrato  há pelo menos dois anos.
Iniciativa de fotografar não foi premeditada, diz padre Fernando Lopes.

Olha o passarinho! É o que dizem muitas pessoas ao sorrir para tirar uma fotografia. E sorrisos espontâneos também não faltam nas “selfies” feitas pelo padre Fernando Lopes, responsável pela Paróquia Santo Inácio de Loyola, no bairro Cidade Jardim, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Ele tem o costume de, ao final dos casamentos, fazer um autorretrato com os noivos.
Padre Fernando Lopes faz 'selfie' com os noivos Guilherme Simões e Gabriela Toussaint (Foto: Padre Fernando Lopes/Arquivo pessoal)Padre Fernando Lopes faz 'selfie' com os noivos Guilherme Simões e Gabriela Toussaint
(Foto: Padre Fernando Lopes/Arquivo pessoal)
O religioso adquiriu o hábito de se fotografar juntamente com o casal ao fim da celebração, logo após as assinaturas do livro no altar. Ele garante que não foi uma iniciativa premeditada e que começou há pelo menos dois anos.
“Para não banalizar o momento, explico que a 'selfie' é para celebrar um bom acontecimento. Não tem nada a ver com estrelismo”. Ele ainda fala que um dos atributos do amor é a comunicação e que começou a fazer as fotos para celebrar o momento. “O mundo está precisando de boas notícias”, complementa.
“Não pensei em nada. Nada foi tramado. Na primeira vez eu estava com o celular no bolso e pedi aos noivos para fazer a “selfie” e eles aceitaram”, explica o padre, justificando como começou a se fotografar com os casais.
O padre diz que o autorretrato faz parte da dinâmica de uma felicidade que é gerada no momento do casamento. “A nossa felicidade é a alegria de Deus, e Cristo está no meio de tudo que é bom”, justifica o porquê das fotos.
De acordo com padre, em 2013 foram celebrados 180 casamentos, ou seja, ele fez 180 fotos. Neste ano, o número é praticamente o mesmo: 160. Além dos casamentos, o padre também faz autorretratos em batizados. Para incrementar as produções, na viagem que fez a Florença, na Itália, há pouco mais de um mês, padre Fernando comprou um monopé “selfie”.
Padre Fernando Lopes tem o costume de fazer 'selfies' depois de fazer casamentos (Foto: Alex Araújo/G1)Padre Fernando Lopes tem o costume de fazer
'selfies' depois de celebrar casamentos
(Foto: Alex Araújo/G1)
O padre fala que, antes de celebrar o matrimônio, tem o costume de conhecer a história de vida de cada um deles para o processo não ficar automatizado e o trabalho não ser em série. “Saio do momento teórico para aterrissar na vida deles. Eles estão inseridos na celebração e aí eu faço a síntese do tema”.
Ele conta que o tempo de namoro e a herança familiar, por exemplo, se entrelaçam e formam a história de amor do casal, o que prende a atenção das pessoas que estão presentes na cerimônia. O religioso diz que celebra um tema bíblico e a união do casal, trazendo os assuntos para os dias atuais.
Ainda segundo o religioso, a Arquidiocese de Belo Horizonte vê de forma natural a iniciativa de ser fazer “selfies” após os casamentos. “Elas são feitas fora das celebrações e não interferem no ritmo. É uma iniciativa que não está dentro do rito”, pontua.
Padre Fernando Lopes faz 'selfie' no altar (Foto: Alex Araújo/G1)Padre Fernando Lopes faz 'selfie' no altar
(Foto: Alex Araújo/G1)
Padre Fernando fala que curte tecnologia, mas sem exageros. Em redes sociais tem conta no Facebook e no Instagram, onde posta as “selfies” feitas com os noivos. No 'Insta' tem mais de 1,2 mil seguidores e, no Face, mais de 4 mil “amigos virtuais”.
O padre, torcedor do Cruzeiro por herança familiar, também se comunica por meio do aplicativo WhatsApp. Moderno? Sim, mas ele diz que na medida certa e que é uma pessoa normal, como outra qualquer.
Bits e bytes à parte, padre Fernando deixa claro que sua prioridade é a vocação religiosa, caminhada que segue há quase 30 anos. Além de pároco na Santo Inácio de Loyola, ele se dedica às obras sociais realizadas pela igreja como a Creche São José, que atende crianças carentes de 2 a 6 anos, e os atendimentos odontológicos que chegam a 800 por ano.
Fonte: G1.com 

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