sexta-feira, 28 de março de 2014

CF 2014: Gerando frutos - País lança ação contra tráfico de pessoas

Governo federal vai instalar delegacias especializadas e postos em fronteira e implementará um cadastro nacional de vítimas.




O governo federal lançou ontem um plano nacional para reforçar o combate ao tráfico de pessoas e ampliar a rede de atendimento às vítimas do crime no País e no exterior. Entre as medidas previstas estão mudanças no marco regulatório para incluir na tipificação do crime o trabalho escravo e o tráfico de crianças para transplante de órgãos ou retirada de tecidos. Outra prevê a perda dos bens pelos criminosos. Será criado ainda um cadastro nacional de vítimas e implementadas novas delegacias especializadas, além de dez postos na região de fronteira.
Entre 2005 e 2011, 475 brasileiros, na maioria mulheres, foram vítimas de tráfico internacional de pessoas, geralmente voltado para exploração sexual. No mesmo período, a Polícia Federal abriu 157 inquéritos para investigar esse tipo de crime, que resultaram em 381 indiciamentos e apenas 158 prisões. Os dados indicam que menos da metade dos crimes investigados terminam com a punição dos autores. O lançamento foi feito em conjunto pelos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Eleonora Menicucci (Secretaria de Mulheres) e Maria do Rosário Nunes (Direitos Humanos).
A situação é ainda mais grave porque, apesar das campanhas de esclarecimento, é alta a subnotificação de casos, segundo informou Cardozo. "Trata-se de um crime difícil de ser combatido, tido como subterrâneo, porque as vítimas não denunciam, seja por medo ou vergonha", observou. O plano, o segundo lançado pelo governo em quatro anos, tem cinco eixos, com 125 metas e se destina a adequar o Brasil às normas estabelecidas na Convenção de Palermo de combate ao crime organizado, promulgada no País em 2004.
Uma das novidades é a criação do cadastro das vítimas de tráfico identificadas no exterior. O objetivo, segundo a ministra Eleonora, é que 100% delas tenham a situação monitorada para que lhes sejam assegurados direitos legais, como atendimento jurídico e reparação civil por danos materiais e morais. Entre as metas setoriais, uma prevê a abertura de diálogo com os países vizinhos para o combate articulado às organizações criminosas especializadas no tráfico de pessoas. Uma comissão tripartite acompanhará a execução das medidas do plano.
O treinamento de profissionais da educação e da segurança, um dos eixos, inclui técnicas de capacitação para que eles possam identificar situações usadas por criminosos para camuflar tráfico. "Mas é preciso que as pessoas percam o medo e denunciem. Para haver investigação tem de ter notícia do crime."
Maria do Rosário qualificou o tráfico de pessoas como "uma grave violação de direitos humanos". Ela disse que ultimamente o problema ganhou mais visibilidade com a novela Salve Jorge, da TV Globo, que mostra mulheres exploradas sexualmente no exterior por quadrilhas.
Perfil. Um relatório consolidado sobre o tráfico de pessoas, divulgado pelo governo, aponta que há dificuldades em reunir provas nesse tipo de crime, o que facilita a impunidade, fiscalização e legislação inadequadas. Dados da PF revelam que são as mulheres, na maioria, as aliciadoras, recrutadoras ou traficantes, que somam 55% dos indiciamentos. Já os presos são na maioria homens (65%). Eles respondem também pela maior parte dos casos de agressão a vítimas.
Fonte: Estadao.com

sexta-feira, 21 de março de 2014

A importância das Novas Comunidades na Igreja


"O Papa João Paulo II pediu à Igreja uma 'Nova Evangelização', com 'novo ardor, novos métodos e nova expressão'. Certamente, o Sumo Pontífice sentiu no coração essa inspiração de Deus em face dos grandes desafios da Igreja no século XXI: um laicismo agressivo contra a Igreja Católica, a presença das seitas que retiram os filhos de Deus dessa instituição; a aprovação e propaganda de muitas práticas ofensivas a Deus, como o aborto, a eutanásia, a manipulação de embriões humanos, a prática homossexual, entre outros, as quais o nosso querido Papa Bento XVI chama de 'ditadura do relativismo', que quer nos fazer crer que a verdade não existe e que cada um faz a sua.
Creio que essa Nova Evangelização está acontecendo com as Novas Comunidades. Nota-se aí a 'nova expressão' de vida cristã pedida pelo Santo Padre. Aí está um 'novo ardor' no fogo do Espírito Santo; e 'novos métodos' de evangelizar, sobretudo, pelos meios de comunicação. A Igreja já não está mais andando de carroça no asfalto.
O Espírito Santo, que é alma da Igreja, sempre a socorre especialmente nos momentos mais difíceis de sua história. Nos tempos modernos, Ele suscitou – a partir do Concílio Vaticano II – uma 'Primavera na Igreja', como declarou João Paulo II. As flores e os frutos dessa Primavera podem ser vistos, sobretudo, nos Novos Movimentos e nas Novas Comunidades de Vida e de Aliança, envolvendo especialmente os jovens, que deixam tudo, os prazeres do mundo, a família, para servir a Deus unicamente.
Assim, é notório e inegável que uma das grandes obras que o Espírito Santo tem feito na Igreja, nos últimos quarenta anos, como um fruto, sobretudo da Renovação Carismática Católica [RCC], são as Novas Comunidades de leigos e consagrados, que se multiplicam a cada dia. Só no Brasil já são centenas dessas comunidades; algumas de vida; outras de aliança; e muitas com as duas opções.
Elas são como que 'um rosto novo da Igreja' que surge; fiel às suas origens. Sou testemunha de que elas resgatam a vivência do Cristianismo puro, observando toda a riqueza da nossa fé católica. A reza do Rosário foi resgatada – prática antes tão abandonada – e é para as Novas Comunidades alimento espiritual diário indispensável. Da mesma forma, a Santíssima Virgem Maria é venerada com todas as honras a que tem direito como Mãe de Deus. E o povo voltou a rezar o Terço, a Ladainha Lauretana, o Ofício da Imaculada, a fazer peregrinações aos santuários marianos…
Nelas [Novas Comunidades], Nosso Senhor Jesus Cristo é amado, servido e adorado verdadeiramente como Senhor e Salvador. O que importa é que o Seu Reino seja implantado na terra pela evangelização; missão primeira dessas Comunidades. Os jovens são evangelizados com ardor e parresia, a castidade lhes é apresentada como uma fonte de vida; os casais são chamados a viver a fidelidade a Deus e ao cônjuge, entre outros.
Os Sacramentos são vividos com toda a intensidade e plenitude; sobretudo, a Confissão e a Eucaristia são amadas e desejadas. A bênção do Santíssimo Sacramento – tão abandonada antes – agora é celebrada com alegria, fé e profundidade. A adoração do Santíssimo, como tem pedido Sua Santidade, já há muito é realizada nas Novas Comunidades, especialmente pela realização do "Cerco de Jericó", por meio do qual o Senhor Eucarístico é adorado por sete dias e sete noites ininterruptas.
Os carismas de serviço são os mais variados em cada uma delas: algumas se dedicam a recuperar jovens drogados e viciados no álcool; outras se dedicam aos mendigos e abandonados; outras se dedicam à evangelização pelos meios de comunicação, e muitas coisas mais. Nas Comunidades Novas a hierarquia da Igreja é amada; a sua necessidade é entendida; e trabalha-se em comunhão com ela. E isso é fundamental, pois assim, evita-se o perigo de ser formar "igrejas paralelas" ou independentes da única Igreja que Cristo instituiu.
Assim como na unidade dos membros de uma Comunidade está a força desta, assim também na unidade das Novas Comunidades entre si estará a força da Igreja. Cada Comunidade tem que se sentir irmã das demais e responsável por cada uma delas. Não pode haver rivalidade e competição entre elas; ao contrário, é preciso haver amor e auxílio mútuo.
O carisma e o serviço próprio de cada uma devem estar sempre à disposição das outras para que todas se edifiquem e juntas construam o Reino do Senhor na terra. Não pode haver a menor concorrência entre uma Comunidade e outra, pois isso seria a negação da caridade e do serviço ao Reino.
Para se enfrentar o secularismo avassalador de nossos dias, as Comunidades são imprescindíveis, mas para isso precisam ser fortes; e essa força depende muito da comunhão entre elas. Os seus líderes e coordenadores precisam se conhecer de perto, partilhar seus problemas, ajudarem-se reciprocamente: tudo para a edificação do Reino de Deus.
Praticamente não há hoje uma diocese no Brasil e no mundo que não se beneficie do bom trabalho dessas Comunidades de Vida e de Aliança, que a serviço da evangelização estão aí presentes. Com isso, multiplicam-se as rádios católicas, jornais, revistas, retiros, acampamentos, shows, aprofundamentos, trazendo o povo de Deus de volta para a Igreja. As Comunidades e os movimentos eclesiais estão ajudando a Igreja a devolver Deus para aqueles que estavam perdidos".
Exemplos de Comunidades:
Canção Nova 
Shalom 
Novo Céu 
Resgate 

Fonte:Canção Nova 

sexta-feira, 14 de março de 2014

Estrangeiros se mudam para um dos lugares mais perigosos do Brasil com o objetivo de ajudar

Na Bahia, a fé no impossível leva jovens a uma missão improvável. Qual é o estrangeiro que ao chegar no estado não fica deslumbrado com a paisagem?




Na Bahia, a fé no impossível leva jovens a uma missão improvável. Qual é o estrangeiro que ao chegar no estado não fica deslumbrado com a paisagem?
Agnieszka Mazurek saiu da Polônia há um ano e meio, e já pegou até o sotaque. Ela foi seduzida pela vida, no meio do abandono da periferia. Agnieszka e outros quatro jovens estrangeiros preferem morar onde os turistas não costumam ir, e se sentem em casa em Coroa da Lagoa, um bairro pobre de Simões Filho, município vizinho de Salvador.
Eles decidiram deixar o conforto para trás e morar em um dos lugares mais violentos do Brasil. Na entrada da casa se vê um coração, mas também grades e cadeados. Mas a porta está sempre aberta, as pessoas vão chegando. A missão é muito simples: ajudar e ficar sempre a disposição.
Crianças participam de atividades diariamente na casa dos estrangeiros. Os adultos também se sentem à vontade. Fazer da casa um coração aberto é a meta desse movimento que surgiu na França há mais de meio século e se espalhou por 20 países.
A missão é viver a experiência da compaixão. “A vida na comunidade é uma escola de amor, acho que isso é o mais importante”, diz a professora Agnieszka Mazurek.
Os jovens se comprometem a morar em comunidade, em um período que vai de um a dois anos.
Daniela saiu de Honduras, país da América Central. Eduardo e Floriano são franceses. Mariana acabou de chegar da Argentina.
Viver em comunidade às vezes é complicado por causa da distribuição de tarefas da casa. Segundo a Daniela, dá até briga, por isso eles criaram um sistema de disco, com o nome dos cinco integrantes da casa e as tarefas em volta. O disco vai rodando e cada um fica com uma tarefa.
“Qual é a tarefa mais complicada?”, pergunta o repórter Carlos de Lannoy.
“Bom depende de cada pessoa, mas para mim é a cozinha, porque eu não sabia muito de cozinha e tive que aprender mais aqui”, responde a bióloga Daniela Borjas.
Os missionários acordam cedo, e antes da longa jornada de atividades ficam em silêncio para a leitura da bíblia e a oração. Eles vivem sem televisão, sem internet e sem rádio.
A dona de casa Josimeire Pereira de Jesus explica como os estrangeiros ganharam a confiança e o carinho da comunidade. “Eles ajudam. Tem pessoas na comunidade que precisa levar para o médico, eles vão visitar as pessoas que estão internadas, se precisa marcar alguma consulta, se eles estão disponíveis, eles vão fazer isso”, conta.
Ainda é de manhã e lá vão eles para o momento mais importante do dia: as visitas. E saem com a missão de estender a mão.
Agnieszka e Eduardo acompanharam de perto o caso da empregada doméstica Lindaura dos Santos Reis, que fez tratamento de câncer de mama e agora sofre com outra doença. “Hanseníase. Agora está atacando meus nervos”, conta.
Agnieszka quer saber se Lindaura está seguindo as orientações do médico. Quem recebe atenção, retribui com carinho. “Me acompanham esses anos para médico, para tudo. São meus anjos da guarda. Sem eles nem sei o que fazia”, conta.
A relação é de amizade, de afeto. E são vários amigos na vizinhança. Seu Ernesto de 79 anos, mora sozinho. Há 16 teve complicações na medula, foi desenganado. E desde então raramente sai da cama.
“Aqui vem francês, vem americano, vem um menino da Rússia. A sensação é que eu desabafo com eles, converso, conto minha vida para eles, eles contam também um pouquinho do país deles para mim. É aquela alegria, não tenho outra. Vou fazer o que?”, diz.
Alegria para Seu Ernesto e para os missionários. Os jovens ficam tristes quando pensam na hora da partida. “Pensando sobre isso, estou chorando já, quando eu penso sobre esse momento. Acho que todos choram no aeroporto quando saem”, afirma Agnieszka.
Fonte:Globo.com

sexta-feira, 7 de março de 2014

Jovens se vestem como São Francisco de Assis, dormem no chão, fazem jejum e vivem para ajudar

São jovens como Richard e Roberto. Eles trocaram de nome, deixaram a família e os amigos e fizeram uma opção radical: viver a espiritualidade inspirados em São Francisco.






No agito do centro da cidade ninguém tem tempo a perder. Calçadas cheias, andar apressado. Um grupo de jovens chama a atenção, com vestes e um corte de cabelo nada convencionais. Eles caminham em outro ritmo, com passo firme e olhar atento. Parecem tentar encontrar alguém no meio da multidão. Quem são eles? O que fazem?
São jovens como Richard e Roberto. Eles trocaram de nome, deixaram a família e os amigos e fizeram uma opção radical: viver a espiritualidade inspirados em São Francisco. É uma vida simples, dedicada aos pobres e com muitas renúncias.
“Todo jovem sonha em ser um arquiteto, um advogado, um bom profissional. Eu preciso renunciar esses sonhos. Com o passar do tempo essas renuncias, essas privações, elas vão tendo sentido e eu acho só faz sentido por causa do ideal”, afirma o irmão Tarcísio de Jesus, da Fraternidade Toca de Assis.
E parece ser mesmo no meio dos necessitados que esses jovens se sentem bem. Nas ruas buscam se aproximar daqueles que passam despercebidos pela maioria: catadores de papeis, moradores de rua.
Roberto Badolatto, de 27 anos, entrou para a fraternidade Toca de Assis 10 anos atrás. Ele tinha uma vida confortável com os pais no interior de São Paulo. Daquele tempo, guarda lembranças felizes: o passeio a cavalo, lambuzado de sorvete, de gravatinha borboleta na primeira comunhão.
Mas o garoto que ia à igreja para paquerar é hoje o irmão Vaticano Maria do Santíssimo Sangue de Cristo Deus. Fez votos de pobreza, obediência e castidade.
A equipe do Globo Repórter acompanhou o grupo até o Largo de São Francisco, no Centro do Rio. E ficou afastada com a câmera, para não atrapalhar. Eles se sentam ao lado de Clérison Paulino Cordeiro, um morador de rua que veio do Maranhão e há três anos vive de catar papel. Clérison recebe compreensão e uma bíblia dos toqueiros, como são conhecidos estes jovens da Toca de Assis.
O encontro termina em uma oração: “Queremos pedir a Deus nosso Pai, todo poderoso, que abençoe a nós e a vida do Clérison, seus familiares. Viva o Clérison”, rezam.
O repórter se aproxima. “O que você achou do trabalho deles?”, perguntou.
“É um apoio humano. Sentaram do meu lado, pegaram na minha mão, me abraçaram. É uma coisa, que as outras pessoas vêm trazer um prato de comida, te dão comida, mas não têm coragem de pegar na sua mão”, afirma Clérison Paulino Cordeiro.
“Trazer essa proximidade, esse coração amigo, essa fraternidade que a gente vive entre nós, para dizer que eles também fazem parte da nossa família”, conta o irmão Vaticano.
Além de palavras, ações. Os irmãos atendem, uma vez por semana, moradores de rua em vários pontos do país. O irmão Vaticano corta o cabelo, serve a comida, se sente bem à vontade.
Ele revela que chegou a sentir nojo na primeira vez em que ajudou no banho de um homem mais velho. “O senhor estava com uma alergia, várias feridas nas costas, então aquilo ali me chocou muito. Ao mesmo tempo que dava o nojo, dava vontade de sair daquele banheiro, sair correndo, ao mesmo tempo eu senti essa compaixão, esse amor. Ele ultrapassa essas barreiras”, conta o irmão Vaticano.
Jovens como Eduardo agradecem. “Dá aquela esperança quando não há. De repente vem a Toca de Assis chegando. É aquela felicidade, é aquela fila imensa”, diz Eduardo Teixeira de Araujo, morador de rua.
Na Kombi eles seguem para o alojamento. Em um antigo casarão os toqueiros ficam perto da natureza aos pés do Cristo Redentor. Eles cantam em louvor e buscam viver humildemente a experiência da fraternidade.
A disciplina é rigorosa, mas uma vez por ano tem o que chamam de férias: 20 dias para passar com a família. Eles acordam cedo, rezam, e diariamente repetem a mesma pergunta: “Senhor o que queres que eu faça?”.
O sino avisa: é hora de comer. O almoço é dividido com irmãos que se encontram temporariamente no alojamento. Eles não podem escolher o que vai estar na mesa. Os alimentos são doados.
O irmão Vaticano confessa, a comida de casa deixa saudades. “Olha, eu gosto muito de lasanha com molho branco, eu adoro comida de massa. Toda vez que eu vou de férias minha mãe já sabe, já deixa preparado”, conta.
Restaurante é um luxo ainda mais raro. Desde que deixou São Bernardo do Campo, há dez anos, o irmão Vaticano passa as noites em quartos dormindo no chão. Ele explica que o quarto dele é um espaço de clausura, onde normalmente só ele entra, mas abriu uma exceção.
“A gente vai se acostumando, e também o nosso corpo se acostuma. É bom que isso faz até bem para a coluna. Hoje em dia se eu deitar no colchão já amanheço com a coluna doendo”, afirma.
Ele não tem conta em banco, propriedades, nem guarda objetos de valor material. “Bem material mais caro que eu tenho é eu acho que é minha bíblia”, diz.
O jovem assumiu o compromisso: não pode mais namorar. “Sim, já namorei, fiquei bastante. Na época bastante, como jovem, mas só que chegou determinado ponto da minha vida que o amor que eu tinha, o desejo que eu tinha de estar com Deus, era mais forte do que o desejo que eu tinha de estar com as mulheres”, afirma.
O irmão Vaticano faz uma pausa antes de revelar que quase foi traído pelo desejo. “Eu senti realmente isso, um pouco podemos dizer assim, realmente esse sentimento por uma mulher, essa paixão. E como é bom, como é maravilhoso, poder ser um pai, como é maravilhoso poder ter uma família. Foi um sentimento que veio e que realmente fez chacoalhar, me abalar, porque realmente mexe com um homem”.
Ele conta que a crise fortaleceu sua vocação. “Eu percebi que isso não era o que realizava plenamente o fundo do meu coração, que era justamente algo passageiro, que passa. Tanto que passou e hoje eu estou aqui. Eu pude fazer minha opção novamente, porque eu penso que nosso chamado, nossa vocação é eterna, mas o nosso sim é diário”.
Um estilo de vida tão rígido tem também seus momentos de trégua. Os irmãos filhos da pobreza renunciaram ao luxo, às paqueras, às baladas, mas não fizeram voto de tristeza, eles buscam a diversão em coisas simples, como uma partida de futebol.
O hábito dá lugar às chuteiras, e o silêncio desaparece entre correrias e dribles. Pelo menos uma vez por semana, o esporte e as brincadeiras, como um simples totó, ajudam a recarregar as baterias. Não é pecado comemorar, nem é preciso ter o dom da bola. Mas até na hora de festejar o gol eles lembram de agradecer.
Fonte:Globo.com

Pai e filho serão ordenados sacerdotes nos Estados Unidos

WALSINGHAM - Em um acontecimento pouco comum na  Igreja  Católica, pai e filho serão ordenados sacerdotes nos Estados Unidos....