sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Papa Francisco autoriza o perdão da Igreja Católica às mulheres que abortaram

Francisco já havia concedido temporariamente a graça durante o Jubileu da Misericórdia




O papa Francisco concedeu a todos os sacerdotes, através de uma carta apostólica divulgada nesta segunda-feira, a faculdade de absolver “de agora em diante” àqueles “que tenham procurado o pecado do aborto”. Em 1º de setembro de 2015, o pontífice havia anunciado que, durante a celebração do Jubileu da Misericórdia – inaugurado em 8 de dezembro de 2015 e encerrado neste domingo –, os sacerdotes poderiam perdoar o aborto, um pecado que a doutrina católica considera muito grave e que acarreta a excomunhão, no caso de mulheres e médicos que se arrependam. “Muitas delas”, disse o Papa na ocasião, “levam no coração uma cicatriz por causa dessa escolha sofrida e dolorosa”. O que Jorge Mario Bergoglio faz agora é tornar permanente a faculdade de perdoar o aborto, para que, segundo explica, “nenhum obstáculo se interponha entre o pedido de reconciliação e o perdão de Deus”.





Logo em seguida, Francisco faz uma advertência: “Quero enfatizar com todas as minhas forças que o aborto é um pecado grave, porque põe fim a uma vida humana inocente. Com a mesma força, entretanto, posso e devo afirmar que não existe nenhum pecado que a misericórdia de Deus não possa alcançar e destruir onde se encontre um coração arrependido”. Na carta apostólica, Francisco pede aos sacerdotes que ponham sua vida a serviço do “ministério da reconciliação, para que ninguém que se arrependa sinceramente” – não só do aborto, mas de qualquer pecado, por mais grave que seja – “seja impedido de experimentar a força libertadora do perdão”.
Já em setembro de 2015, numa carta dirigida ao monsenhor Rino Fisichella, presidente do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização, o Papa explicava a sua decisão da seguinte maneira: “Alguns vivem o drama do aborto com uma consciência superficial, quase sem perceber o gravíssimo mal que um ato desse tipo acarreta (…), mas muitos outros, por outro lado, o vivem como uma derrota, porque consideram não ter outro caminho por onde ir. Penso, de forma especial, em todas as mulheres que recorreram ao aborto. Conheço bem os condicionamentos que as conduziram a essa decisão. Sei que é um drama existencial e moral. Encontrei muitas mulheres que levavam em seu coração uma cicatriz por essa escolha sofrida e dolorosa”.
"Não existe nenhum pecado que a misericórdia de Deus não possa alcançar e destruir onde se encontre um coração arrependido"
PAPA FRANCISCO
Naquela ocasião, às vésperas do Jubileu da Misericórdia, Bergoglio também pretendia fazer um sinal de aproximação aos fiéis que participam da tradicionalista Fraternidade Pio X, fundada em 1970 por Marcel Lefebvre e que não concorda com o rumo tomado pela Igreja a partir do Concílio Vaticano II. “Acredito que em um futuro próximo será possível encontrar soluções para recuperar a plena comunhão com os padres e superiores da Fraternidade”. Em sua carta apostólica de segunda-feira, Francisco também estende “para além do período do Jubileu” a autorização para que os fiéis que “por diversos motivos frequentem as igrejas dos padres da Fraternidade São Pio X, a possibilidade de receberem válida e licitamente a absolvição sacramental de seus pecados”.
No domingo, o Papa encerrou o Jubileu da Misericórdia e fechou a Porta Santa da basílica de São Pedro. Além de dezenas de milhares de fiéis e das principais autoridades italianas, a cerimônia foi acompanhada pelos 17 cardeais – 13 eleitores e quatro eméritos – ordenados por Jorge Mario Bergoglio no sábado, entre eles o arcebispo de Madri, Carlos Osoro: de Mérida (Venezuela), Baltazar Enrique Porras Cardozo; de Tlalnepantla (México), Carlos Aguiar Retes, e o de Brasília, Sérgio da Rocha.

Fonte: Brasil. Elpais

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

A Igreja lutando contra a prostituição em Roma: “Elas recusam clientes para rezar junto conosco”



Voluntários de uma paróquia conversam e rezam com prostitutas na histórica Via Salária, 

 

dando exemplo de uma Igreja ao resgate da fé e da dignidade das mulheres



Desde 1996, a paróquia de São Frumêncio, na região romana de Serpentara, presta auxílio a jovens prostitutas eslavas e africanas forçadas a “pagar sua dívida” com os traficantes de seres humanos que atuam no mundo inteiro. A unidade móvel da paróquia, uma das poucas existentes em Roma, também realiza encontros em escolas para explicar às crianças a importância de rejeitar a mercantilização do corpo (Redattore Sociale, 3 de janeiro).



REENCONTRANDO A DIGNIDADE
As cinquenta prostitutas da histórica Via Salária têm de 18 a 30 anos – mas são muito fortes as suspeitas de que algumas, na realidade, sejam menores de idade. A unidade móvel de São Frumêncio, coordenada pelo pe. Giampiero, tem o objetivo de passar às jovens uma mensagem de esperança e estabelecer com elas uma relação humana. “Queremos expressar uma solidariedade que não é pietista ou de mera consolação. Colocamos em primeiro lugar o encontro com cada uma delas e a possibilidade de estabelecer uma relação cada vez mais profunda ao longo do tempo. Isto significa, também, acreditar na possibilidade de despertar nelas o próprio senso de dignidade, a rejeição à violência e ao dinheiro fácil, a coragem da denúncia”.
DENUNCIANDO OS EXPLORADORES
Os voluntários, que oferecem às jovens uma bebida quente e uma conversa fraterna, vão estabelecendo com elas vínculos solidários que reforçam a esperança de livrá-las da rua. O único jeito de conseguir isto é convencê-las a denunciar os seus exploradores, o que permitiria que as jovens escravas traficadas entrassem nos programas de proteção e reabilitação social.
REZANDO JUNTOS
Em paralelo, a unidade móvel da paróquia de São Frumêncio direciona as vítimas do comércio da prostituição a uma adequada assistência médica, também oferecida por profissionais voluntários. E a saúde do corpo é acompanhada por mais saúde para a alma: “É muito bonito quando elas decidem rezar conosco, inclusive recusando algum cliente que chega justamente naquele instante”, explica Giorgio Carosi, responsável pela unidade móvel.
ESCRAVAS NUNCA MAIS
Emblemático é também o apostolado da irmã Eugenia Bonetti, de 76 anos: desde março de 2003, ela visita toda semana, com outras freiras, as mulheres imigrantes do Centro de Identificação de Ponte Galeria, em Roma. Em 2012, ela fundou a associação “Slaves No More” [“Escravas Nunca Mais”], que age contra o tráfico de gente. “Você pode ajudar de verdade a regenerar pessoas quando oferece a essas mulheres humilhadas e destruídas a vontade de viver, de reassumir a sua vida e o seu futuro, quando as ajuda a entender que elas são pessoas que valem, que não merecem ser tratadas como escravas” (Il Tempo, 8 de março de 2015).
MAIS TESTEMUNHOS
Fora da Itália, repetem-se iniciativas semelhantes. O pe. Jean Philippe Chauveau, de 64 anos, foi pároco até poucos meses atrás na região do Bois de Boulogne, em Paris, famoso reduto de prostituição de rua. “O que importa é a relação humana que você estabelece com uma prostituta, baseada no espírito de misericórdia, de ternura, de bondade”, conta o padre Jean, que, desde 1982, quando foi ordenado, se dedicou ao resgate de mulheres submetidas à prostituição de rua

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Por que a Igreja guarda o domingo e não o sábado?


Católico, saiba explicar o que você vive







Respondendo de pronto, o simples, santo e justíssimo motivo de a Igreja guardar o Domingo em lugar do Sábado judaico é o fato de que Nosso Senhor Jesus Cristo ressuscitou no Domingo, – o primeiro dia da semana, – inaugurando assim a “Nova Criação” liberta do pecado, a nova e eterna Aliança entre Deus e a humanidade. Assim é que o Domingo, o Dia do Senhor, é a plenitude do Sábado dos judeus, da mesma forma como o Novo Testamento é a plenitude e o cumprimento do Antigo, e Cristo é a consumação de toda a história da salvação, desde Adão até o fim dos tempos e o Juízo final.
De modo semelhante, o Antigo Testamento é um figura do Novo; o Sábado judaico é uma figura do Domingo cristão. O Catecismo da Igreja assim explica:

O Domingo distingue-se expressamente do sábado, ao qual sucede cronologicamente, a cada semana, e cuja prescrição ritual substitui, para os cristãos. Leva à plenitude, na Páscoa de Cristo, a verdade espiritual do Sábado judaico e anuncia o repouso eterno do homem em Deus. Com efeito, o culto da Lei preparava o Mistério de Cristo, e o que nele se praticava prefigurava, de alguma forma, algum aspecto de Cristo (1Cor 10,11).
(CIC§2175)

O que a esmagadora maioria desses supostos “cristãos” judaizantes que persistem em guardar o sábado não sabem é que os Apóstolos já celebravam a Missa “no primeiro dia da semana”, isto é, no domingo, como ficou registrado na Bíblia Sagrada, em mais de uma passagem:

 Nos Atos dos Apóstolos (20,7): “No primeiro dia da semana, estando nós reunidos para a fração do Pão (isto é, a Eucaristia)…”.
 Em Apocalipse (1,10), S. João diz: “No dia do Senhor (domingo), fui movido pelo Espírito…”.
 Em 1Cor 16,2, S. Paulo Apóstolo confirma que a coleta cultual era feita “no primeiro dia da semana” (domingo).

Trata-se de uma questão de tal maneira elementar que também a igreja ortodoxa e as protestantes históricas (mais antigas) guardam igualmente o Dia do Senhor, – o Domingo santificado, – e não mais o Sábado judaico.
Além do testemunho bíblico, o livro apócrifo Epístola de Barnabás (datado do ano 74), que é um dos documentos mais antigos da Igreja, – tendo sido redigido antes ainda do Livro do Apocalipse, atesta: “Guardamos o oitavo dia (domingo) com alegria, o dia em que Jesus levantou-se dos mortos” (15,6-8).
Sto. Inácio de Antioquia (107), mártir no Coliseu de Roma e bispo da Igreja primitiva, testemunhou de modo claríssimo:
“Aqueles que viviam segundo a ordem antiga das coisas voltaram-se para a nova esperança, não mais observando o sábado, mas sim o Dia do Senhor, no qual a nossa vida foi abençoada, por Ele e por sua morte.”(Aos Magnésios 9,1)
Devido à Tradição Apostólica, que tem origem no próprio dia da ressurreição do Cristo Salvador, a Igreja celebra o Mistério Pascal no dia que desde o início foi chamado “Dia do Senhor” ou “Domingo” (da mesma raiz semântica de ‘Senhor’/Dominus). O dia da ressurreição de Cristo é, ao mesmo tempo, “o primeiro dia da semana”, memorial do primeiro dia da Criação, e o “oitavo dia”, em que Cristo, depois de sua Morte Sacrificial e “repouso” no grande Sábado, inaugura o “Dia que o Senhor fez para nós”, o “Dia que não conhece ocaso” (CIC §1166).
S. Justino (165) Mártir legou-nos também o seu testemunho:

Reunimo-nos todos no ‘Dia do Sol’, porque é o primeiro dia após o Sábado dos judeus, mas também o primeiro dia em que Deus, extraindo a matéria das trevas, criou o mundo e, neste mesmo dia, Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dentre os mortos.(Apologia 1,67)

Também S. Jerônimo (420), Confessor e Doutor da Igreja, atestou a praxis sempiterna da Igreja:

O Dia do Senhor, o Dia da Ressurreição, o Dia dos Cristãos, é o nosso dia. Por isso se chama Dia do Senhor: foi nesse dia que o Senhor subiu vitorioso para junto do Pai. Se os pagãos o denominam Dia do Sol, também nós o confessamos de bom grado: pois hoje levantou-se a Luz do Mundo, hoje apareceu o Sol de Justiça cujos raios trazem a salvação.
(CCL, 78,550,52)

Desta forma, tanto as Sagradas Escrituras quanto o testemunho de toda a documentação histórica, juntamente com a sagrada Tradição apostólica nos mostram porque, desde a Ressurreição do Senhor, a Igreja sempre guardou e continua guardando não mais o Sábado judaico, mas o Domingo da Ressurreição e do estabelecimento da Nova e Eterna Aliança como Dia do Senhor.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Papa Francisco festeja aniversário de 80 anos com grupo de sem-teto no Vaticano

Segundo o Vaticano, o papa conversou com cada um dos convidados sem-teto, sendo quatro italianos, dois romenos, um moldavo e um peruano.





Antes de celebrar a missa com cardeais no Vaticano, no dia 17 de dezembro, dia de seu aniversário de 80 anos, o papa Francisco tomou café da manhã com sem-teto. 

Em seguida, durante a missa celebrada na companhia dos cardeais residentes em Roma, o papa Francisco afirmou que deseja uma velhice "tranquila e religiosa, fecunda e também feliz".
"A velhice é uma palavra que parece ruim, que dá medo. Mas a velhice tem sede de sabedoria", disse o papa ao final da missa diante de dezenas de prelados em uma capela dos palácios pontificais.
"A velhice é tranquila e religiosa, mas também fecunda. Rezem para que a minha seja assim, tranquila e religiosa, fecunda e também feliz", pediu aos cardeais.

Fonte: G1.com


Pai e filho serão ordenados sacerdotes nos Estados Unidos

WALSINGHAM - Em um acontecimento pouco comum na  Igreja  Católica, pai e filho serão ordenados sacerdotes nos Estados Unidos....