sexta-feira, 30 de maio de 2014

A Beleza do Celibato dos Padres


Jesus Cristo é o verdadeiro sacerdote e foi celibatário; então, a Igreja vê Nele o Modelo do verdadeiro sacerdote que, pelo celibato se conforma ao grande Sacerdote. Jesus deixou claro a sua aprovação e recomendação ao celibato para os sacerdotes, quando disse: “Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda.” (Mateus 19,12)



Nisto Cristo está dizendo que os sacerdotes devem assumir o celibato, como Ele o fez, “por amor ao Reino de Deus”. O  sacerdote deve ficar livre dos pesados encargos de manter uma família, educar filhos, trabalhar para manter o lar; podendo assim dedicar-se totalmente ao Reino de Deus. É por isso que desde o ano 306, no Concilio de Elvira, na Espanha, o celibato se estendeu por todo o Ocidente, ate´ que em 1123 o Concílio universal de Latrão I o tornou obrigatório.
É preciso dizer que a Igreja não impõe a celibato a ninguém; ele deve ser assumido livremente, e com alegria, por aqueles que têm essa vocação especial de entregar-se totalmente ao serviço de Deus e da Igreja. É uma graça especial que Deus concede aos chamados ao sacerdócio e à vida religiosa. Assim, o celibato é um sinal claro da verdadeira vocação sacerdotal.
No inicio do Cristianismo a grandeza do celibato sacerdotal ainda não era possível; por isso São Paulo escreve a Timóteo, que S. Paulo colocou como bispo de Éfeso, dizendo: “O epíscopo ou presbítero deve ser esposo de uma só mulher” (1Tm 3, 2). Estaria, por isto, o padre hoje obrigado a casar-se? Não. O Apóstolo tinha em vista uma comunidade situada em Éfeso cujos membros se converteram em idade adulta, com muitos já casados. Dentre esses o Apóstolo deseja que sejam escolhidos para o sacerdócio homens casados (evitando os viúvos recasados). Já no ano 56, São Paulo, que optou pelo celibato,  escrevia aos fiéis de Corinto (1Cor 7,25-35) enfatizando o valor do celibato: “Aos solteiros e às viúvas digo que lhes é bom se permanecessem como eu. Mas se não podem guardar a continência que se casem”. (1Cor 7,8). “Não estás ligado a uma mulher? Não procures mulher”. O Apóstolo se refere às preocupações ligadas ao casamento (orçamento, salário, educação dos filhos…). E Paulo enfatiza:
“Quem não tem esposa, cuida das coisas do Senhor e do modo de agradar à esposa, e fica dividido. Da mesma forma a mulher não casada e a  virgem cuidam das coisas do Senhor, a fim de serem santas de corpo e de espírito. Mas a mulher casada cuida das coisas do mundo; procura como agradar ao marido”. “Procede bem aquele que casa sua virgem; aquele que não a casa, procede melhor ainda” (1Cor 7, 38). A virgindade consagrada e o celibato não tinham valor nem para o judeu nem para o pagão. Eles brotam da consciência de que o Reino já chegou com Jesus Cristo.
O último Sínodo dos Bispos sobre a Eucaristia, confirmou o celibato e o Papa Bento XVI expressou isso na Exortação Apostólica pos-sinodal, “Sacramentum Caritatis”, de 22 fev 2007. Disse o Papa:
“Os padres sinodais quiseram sublinhar como o sacerdócio ministerial requer, através da ordenação, a plena configuração a Cristo… é necessário reiterar o sentido profundo do celibato sacerdotal, justamente considerado uma riqueza inestimável e confirmado também pela prática oriental de escolher os bispos apenas de entre aqueles que vivem no celibato (…) Com efeito, nesta opção do sacerdote encontram expressão peculiar a dedicação que o conforma a Cristo e a oferta exclusiva de si mesmo pelo Reino de Deus. O fato de o próprio Cristo, eterno sacerdote, ter vivido a sua missão até ao sacrifício da cruz no estado de virgindade constitui o ponto seguro de referência para perceber o sentido da tradição da Igreja Latina a tal respeito. Assim, não é suficiente compreender o celibato sacerdotal em termos meramente funcionais; na realidade, constitui uma especial conformação ao estilo de vida do próprio Cristo. Antes de mais, semelhante opção é esponsal: a identificação com o coração de Cristo Esposo que dá a vida pela sua Esposa. Em sintonia com a grande tradição eclesial, com o Concílio Vaticano II e com os Sumos Pontífices  meus predecessores, corroboro a beleza e a importância duma vida sacerdotal vivida no celibato como sinal expressivo de dedicação total e exclusiva a Cristo, à Igreja e ao Reino de Deus, e, consequentemente, confirmo a sua obrigatoriedade para a tradição latina. O celibato sacerdotal, vivido com maturidade, alegria e dedicação, é uma bênção enorme para a Igreja e para a própria sociedade.”(n.24)  O Mahatma Ghandi, hindu, tinha grande apreço pelo celibato. Ele disse:   “Não tenham receio de que o celibato leve à extinção da raça humana. O resultado mais lógico será a transferência da nossa humanidade para um plano mais alto… “Vocês erram não reconhecendo o valor do celibato: eu penso que é exatamente graças ao celibato dos seus sacerdotes que a Igreja católica romana continua sempre vigorosa”. (Tomás Tochi, “Gandhi, mensagem para hoje”, Ed.  Mundo 3, SP, pp. 105ss,1974)
Alguns querem culpar o celibato pelos erros de uma minoria de padres que se desviam do caminho de Deus. A queda desses padres no pecado não é por culpa do celibato, e sim por falta de vocação, oração, zelo apostólico, mortificação, etc; tanto assim que a maioria vive na castidade e por uma longa vida. Quantos e quantos padres e bispos vivendo em paz e já com seus cabelos brancos!
O casamento poderia trazer muitas dificuldades aos sacerdotes. Não nos iludamos, casados, eles teriam todos os problemas que os leigos têm, quando se casam. O primeiro é encontrar, antes do diaconato, uma mulher cristã exemplar que aceite as muitas limitações que qualquer sacerdote tem em seu ministério. Essa mulher e mãe teria de ficar muito tempo sozinha com os filhos. Depois, os padres casados teriam de trabalhar e ter uma profissão, como os pastores protestantes, para manter a família. Quantos filhos teria? Certamente não todos que talvez desejasse. Teria certamente que fazer o controle da natalidade pelo método natural Billings, que exige disciplina. A esposa aceitaria isso?
Além disso, podemos imaginar como seria nocivo para a Igreja e para os fiéis o contra-testemunho de um padre que por ventura se tornasse infiel à esposa e mãe dos seus filhos! Mais ainda, na vida conjugal não há segredos entre marido e mulher. Será que os fiéis teriam a necessária confiança no absoluto sigilo das confissões e aconselhamentos com o padre casado?  Você já pensou se um dos filhos do padre entrasse pelos descaminhos da violência, da bebedeira, das drogas e do sexo prematuro, com o possível engravidamento da namorada?
Tudo isso, mas principalmente a sua conformação a Jesus Cristo, dedicado total e exclusivamente ao Reino de Deus, valoriza o celibato sacerdotal.


A fé não existe para ser conformada ao nosso bel prazer. Se a Igreja alterasse sua doutrina toda vez que alguém se sentisse desconfortável em segui-la, ela seria qualquer coisa, menos Igreja.
Fé não se discute. Será? Questionamentos sobre a fé refletem a necessidade que o homem atual tem de Deus.

Fonte: Ana blog Canção Nova 

sexta-feira, 23 de maio de 2014

As vantagens de se receber o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca

Ensina-nos a nossa Santa Mãe Igreja que o Santíssimo Sacramento é a Presença Real de Nosso Senhor Jesus Cristo, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Por isso, falando a respeito do ato de receber o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca, o Papa Paulo VI, na instrução Memoriale Domini, de 29 de maio 1969 (posterior ao Concílio Vaticano II, portanto), recomenda: “Levando em conta a situação atual da Igreja no mundo inteiro, essa maneira de distribuir a santa comunhão deve ser conservada.”



A prática tradicional que a Santa Igreja adota há vários séculos é que os fiéis recebam o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca. Entretanto, existe hoje a concessão para que se receba o Corpo de Nosso Senhor na mão. Assim, em matéria moral, é lícito tanto receber o Corpo de Nosso Senhor na boca como na mão. Porém, a recomendação oficial do Santa Igreja é que se conserve a prática de receber Nosso Senhor na boca. E as normas litúrgicas são bem claras em afirmar que ?os fiéis jamais serão obrigados a adotar a prática da comunhão na mão.” (Notificação da Sagrada Congregação para os Sacramentos e Culto Divino, de Abril de 1985). Não tem, pois, um sacerdote o direito de se negar a ministrar o Corpo de Nosso Senhor na boca.
O Papa Paulo VI deixa claro que, se na antiguidade, em algum local foi comum a prática dos fiéis receberem o Corpo de Nosso Senhor na mão, houve nas normas litúrgicas um amadurecimento neste sentido para se passasse a receber o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca. Assim diz Paulo VI: “Com o passar do tempo, quando a verdade e a eficácia do mistério eucarístico, assim como a presença de Cristo nele, foram perscrutadas com mais profundidade, o sentido da reverência devida a este Santíssimo Sacramento e da humildade com a qual ele deve ser recebido exigiram que fosse introduzido o costume que seja o ministro mesmo que deponha sobre a língua do comungante uma parcela do pão consagrado.”

Mas quais são as vantagens que há em receber o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca? O Papa Paulo VI fala de duas: a maior reverência à Sua Presença Real e a maior segurança para que não se percam os fragmentos do Seu Corpo. Assim ele se expressa: “Essa maneira de distribuir a santa comunhão deve ser conservada, não somente porque ela tem atrás de si uma tradição multissecular, mas sobretudo porque ela exprime a reverência dos fiéis para com a Eucaristia. Esse modo de fazê-lo não fere em nada a dignidade da pessoa daqueles que se aproximam desse sacramento tão elevado, e é apropriado à preparação requerida para receber o Corpo do Senhor da maneira mais frutuosa possível. Essa reverência exprime bem a comunhão, não ?de um pão e de uma bebida ordinários? (São Justino), mas do Corpo e do Sangue do Senhor, em virtude da qual ?o povo de Deus participa dos bens do sacrifício pascal, reatualiza a nova aliança selada uma vez por todas por Deus com os homens no Sangue de Cristo, e na fé e na esperança prefigura e antecipa o banquete escatológico no Reino do Pai? (Sagr. Congr. dos Ritos, Instrução Eucharisticum Mysterium, n.3) Por fim, assegura-se mais eficazmente que a santa comunhão seja administrada com a reverência, o decoro e a dignidade que lhe são devidos de sorte que seja afastado todo o perigo de profanação das espécies eucarísticas, nas quais, ?de uma maneira única, Cristo total e todo inteiro, Deus e homem, se encontra presente substancialmente e de um modo permanente? (Sagr. Congr. dos Ritos, Instrução Eucharisticum Mysterium, n. 9); e para que se conserve com diligência todo o cuidado constantemente recomendado pela Igreja no que concerne aos fragmentos do pão consagrado.”

Em relação à esta maior reverência de que o Papa Paulo VI fala, o senso litúrgico da Santa Igreja tem o ato de evitar tocar no Sagrado como sinal de reverência. No Antigo Testamento, Deus proíbe que se toque na Arca da Aliança que Ele manda fabricar (Ex 25,10-22; 2Sm 6,6-7). A este respeito também que Santo Tomás de Aquino, doutor da Santa Igreja, na Summa Teológica (Summa, III pars, q.82, art. 3), afirma que ?por reverência a este sacramento, nada o toca, a não ser o que é consagrado; portanto, o corporal e o cálice são consagrados, e da mesma forma as mãos do sacerdote, para tocarem este sacramento.” Também o saudoso Papa João Paulo II escreveu: ?Tocar as Sagradas Espécies s e distribui-las com as próprias mãos é um privilegio dos ordenados.” (Dominicae Cenae, 24 de fevereiro de 1980) Por isso, o Sagrado Magistério ordinariamente só permite que os sacerdotes e diáconos toquem no Corpo de Nosso Senhor. Tanto que o Corpo de Nosso Senhor só pode ser recebido na mão como concessão especial, e “o ministro ordinário da Sagrada Comunhão é o Bispo, o Presbítero ou o Diácono” (Código de Direito Canônico, 910); os ministros extraordinários da Sagrada Comunhão só podem atuar quando houver uma necessidade real e extraordinária – como o próprio nome diz.
Se na Santa Ceia, Nosso Senhor entregou o Seu Corpo nas mãos dos Santos Apóstolos, não podemos esquecer que eles eram Bispos, e como Sacerdotes que são, tocam ordinariamente o Corpo de Nosso Senhor.
Tal ato externo de reverência exprime e testemunha a fé da Santa Igreja, em reconhecer que a hóstia consagrada não é um pãozinho, uma rosquinha ou uma bolacha Traquinas, mas é o Corpo de Nosso Senhor.
Se a intimidade a qual Nosso Senhor se entrega a nós no Santo Sacrifício da Missa é verdadeira, também é verdadeira a reverência que devemos à Ele como verdadeiro Deus. A reverência não se opõe à intimidade, nem a intimidade se opõe a reverência. Neste sentido, o saudoso Papa João Paulo II escreve em sua última encíclica: ?Se a ideia de “banquete” inspira familiaridade, a Igreja nunca cedeu à tentação de banalizar esta “intimidade” com seu Esposo, recordando-se que ele é também seu Senhor e que, embora “banquete”, permanece sempre um banquete sacrifical, assinalado com o sangue derramado no Gólgota.” (EE 48)
Se nos cultos protestantes se tem o costume tradicional de receber o pão na mão, é porque lá não se acredita na Presença Real de Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento – e neste caso é pão mesmo, pois os protestantes romperam com a Sucessão Apostólica, ou seja, lá não há sacerdotes validamente ordenados, e portanto não poderiam celebrar a Santa Missa nem se quisessem.

Em ambientes católicos, os teólogos ditos “progressistas” vão na mesma linha e incentivam a prática de receber o Corpo de Nosso Senhor na mão; uma conhecida religiosa brasileira (que aliás, combate explicitamente o ensinamento da Sagrado Magistério ao defender a utopia do sacerdócio feminino) contraria de forma absurda a argumentação de Santo Tomás de Aquino e dos Papas, dizendo: “A comunhão deve ser recebida na mão ou na boca? Na maioria das dioceses, esse problema já foi superado há muito tempo; entendemos que somente crianças muito pequenas necessitam receber comida na boca. E o povo de Deus não quer ser infantilizado por mais tempo.” (Ione Buyst, em “A Missa, memória de Jesus no coração da vida”; p. 139) Que ousadia terrível uma religiosa comparar o Corpo de Nosso Senhor com uma comida qualquer e afirmar que o Sagrado Magistério nos infantiliza ao recomendar reverência à Ele!
Aqui, é preciso deixar claro que não podemos condenar a atitude de quem recebe, em determinada situação, o Corpo de Nosso Senhor na mão, por motivos justos. Aqui se enquadra o exemplo de uma pessoa que em determinada situação opta em receber o Corpo de Nosso Senhor na mão de um ministro que se sabe que lhe desagrada ministrar o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca, para evitar conflitos com tal ministro. Porém, tais razões podem ser muito pessoais e subjetivas, por isso aqui não nos cabe julgamento do ato.

Além do mais, sempre será mais santa a atitude daquele que recebe o Corpo de Nosso Senhor na mão estando em estado de graça, do que aquele que recebe o Corpo de Nosso Senhor na boca estando em estado de pecado mortal. Porém, não podemos relativizar a questão a tal ponto de ignorarmos as vantagens que há em receber o Corpo de Nosso Senhor na boca.


Fonte: Reino da Virgem Mãe de Deus.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

O que um leigo não pode fazer na missa?

Questão teórica: o que pode, o que não pode e porquê.




Claro está que a participação ativa e frutuosa do leigo, da assembléia, não se dá quando estes usurpam o ministério do sacerdote nem quando o sacerdote exerce uma função que não é sua. Não é função do sacerdote tocar o violão ou fazer as respostas. Cada sujeito litúrgico tem sua função determinada na ação litúrgica e como tal o papel do leigo é insubstituível.

Qual o lugar do leigo então?

Em primeiro lugar há que se tirar a compreensão de uma falsa competição por lugar na Igreja. Na Igreja, o ministério é sempre sinal do serviço. Certa feita estava eu numa reunião pastoral e algumas freiras e leigos faziam uma abordagem do sacerdócio como cargo, “algo a que se apegar ciosamente”. Esta visão errada está entremeada nalguns setores da Igreja para os quais o lugar do leigo é substituir o sacerdote exatamente com uma falsa compreensão do sacerdócio.
A participação ativa e frutuosa que pede o Concílio é aquelaadequatio da mente à coisa, ou seja, do coração e da mente ao mistério Pascal de Cristo celebrado na liturgia. Não se resume a funções. Caso reduzisse esta participação a funções, a liturgia sofreria um empobrecimento irreparável. Um cadeirante, um idoso, um analfabeto, uma criança, uma pessoa de outra nacionalidade e outra língua tem, de fato, pouco “espaço” para fazer coisas na liturgia. Nem por isso participam com menos intensidade do Mistério.  A maioria dos leigos dentro de um templo não faz nenhuma função vistosa na liturgia. Eles permanecem em seus bancos e nem por isso participam menos ou com menor intensidade, com menos santidade ou com menor proveito espiritual da liturgia. Este mito de que “participação” litúrgica é sinônimo de “fazer coisas para todo mundo ver” precisa cair afim de que a verdadeira participação ativa e frutuosa seja promovida.

O leigo não pode fazer as orações presidenciais.
O leigo não pode simular sacramento (celebrar no lugar do padre).
O leigo não pode distribuir a sagrada comunhão, a menos que seja delegado de modo extraordinário para auxiliar o sacerdote a cujo ministério está ordenada esta função.
O leigo não pode apresentar o cálice durante a doxologia (Por Cristo, com Cristo em Cristo..).
O leigo não pode apresentar âmbulas ou hóstias durante a doxologia.
O leigo não pode proclamar o evangelho na missa.
O leigo não pode fazer a homilia.
O leigo não pode rezar o embolismo nem a oração da paz junto com o Padre (Livrai-nos de todos os males… Senhor Jesus Cristo dissestes aos vossos Apóstolos…).
O leigo não pode rezar nenhuma parte da oração Eucarística que é reservada ao sacerdote. A mesma começa no diálogo inicial “O Senhor esteja Convosco. Ele está no meio de nós” e prossegue até o Amém da doxologia (Por Cristo, com Cristo em Cristo…).
O lugar do leigo é na assembléia e não no presbitério. A menos que tal leigo seja o acólito que auxilia o sacerdote junto ao altar.
Os Ministros Extraordinários da Comunhão não são acólitos.
Os acólitos possuem funções próprias. A função do MESC é somente de auxiliar o sacerdote na distribuição da comunhão e, eventualmente, preparar alfaias e vasos sagrados para a missa caso não haja sacristão na Igreja.
Espero ter podido contribuir para uma melhor participação ativa e de fato frutuosa na celebração eucarística.



sexta-feira, 9 de maio de 2014

Maio, mês dedicado a Maria

Maio é um mês  muito especial para nós católicos:  é o mês dedicado a Maria, mãe de Deus e nossa. Celebramos em maio 3 festas importantes, dedicadas a Maria: dia 13, Nossa Senhora de Fátima; dia 24, Nossa Senhora Auxiliadora, e dia 31, a Visitação de Maria a sua prima Isabel.
Muitas vezes, nós católicos, somos criticados pelo culto que prestamos a Maria. Há quem diga que somos “adoradores”, ou que “idolatramos” imagens. Sabemos que isto não é verdade e temos plena consciência que somente a Deus prestamos adoração. A Maria  dedicamos um culto, uma devoção, que se dirige a Ela e não a uma imagem. Esta devoção está fundamentada no papel singular que Ela desempenhou e desempenha  na história  da salvação ao ser escolhida para ser a mãe do Filho de Deus, Jesus Cristo.
Maria está presente na Bíblia, desde o Antigo Testamento (cf. Gen 3,15 e Is 7,14).  No Novo Testamento, porém, é que se fundamenta mais claramente nossa devoção a Maria. Ela foi escolhida entre todas as mulheres para ser a Mãe de Deus (Lc 1,31-35), e pelo seu “sim” a salvação entrou no mundo. Maria acreditou e se entregou livremente à vontade do Pai: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo  tua palavra” (Lc 1,38). A maternidade divina de Maria é o fundamento de todos os outros seus privilégios e a razão do lugar especial que Ela ocupa no culto da Igreja e na devoção do povo cristão. Ela é a  mãe do nosso Salvador Jesus Cristo e nossa mãe.  Deus quis nos dar uma mãe e não há filho que não ame sua mãe. Por isso, nós a veneramos e recorremos a Ela,  pois Maria é  mãe e  como tal sempre está disposta a nos ouvir, amparar e  consolar.
Aqui na terra, nós temos a nossa mãe. Deus deu a mulher a  capacidade de gerar vida e  mesmo aquelas mulheres que por algum motivo de saúde não podem ter filhos biológicos, trazem no coração o instinto materno, a vontade de  amar e cuidar de um filho, e isto é o que importa.  Infelizmente, nos dias de hoje, a vida está ameaçada, até mesmo, no útero materno.  Haja   visto  a decisão do Supremo Tribunal Federal, no último dia 12 de abril,  que despenaliza o aborto em caso de bebês anencéfalos. Os homens, pretendendo se colocar no lugar de Deus, querem  decidir se devem ou não proteger a vida,  quando  ela ainda se encontra no útero materno, lugar sagrado e que deveria estar a salvo de qualquer ameaça  Embora a lei favoreça esta prática, nos casos de bebês anencéfalos, isto não exime ninguém da responsabilidade e do dever de seguir sua consciência moral, guiada pela lei natural e divina.  A vida humana é o primeiro e o maior dos direitos humanos, independente de religião ou de credo, e sobre o qual se fundamentam os outros direitos.  A vida não é negociável, seja qual for a circunstância. É dom de Deus e somente a Ele cabe o direito de decidir sobre ela.
No Brasil, há um dia dedicado às Mães, que é segundo domingo de maio.  Por isso, quero aproveitar este espaço para felicitar todas as mamães e assegurar minhas preces para que cumpram com dedicação a missão divina que lhes foi confiada.  Que Maria, modelo de mulher e de Mãe, inspire e proteja todas as mulheres, especialmente, as mães,  na vivência de sua vocação de gerar e cuidar da vida com amor.
Fonte:Arquidiocese de Aparecida

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Papa Francisco destaca três elementos da fé da Virgem Maria



O Papa Francisco encontrou-se com os participantes da Jornada Mariana, que lotaram a praça de São Pedro, no Vaticano. 

O momento começou com a procissão da imagem original da Virgem de Fátima, levada ao Vaticano a pedido do Santo Padre, até o palco principal. A imagem foi acolhida pelo Papa com um beijo.

Antes de rezar com os fiéis, o Santo Padre colocou um terço aos pés da imagem. Logo em seguida, meditou as estações da Via Matris (Caminho da Virgem Dolorosa) com os presentes. Muitos fiéis se emocionaram com as reflexões.

Após o momento de oração, o Santo Padre dirigiu algumas palavras aos fiéis.

Papa Francisco destacou que esse encontro do Ano da Fé dedicado a Maria, com a presença da imagem vinda de Fátima, ajuda-nos a sentir a presença de Nossa Senhora mais perto.

"Maria sempre nos leva a Jesus", afirmou o Pontífice. "Ela é uma mulher de fé, uma verdadeira crente", destacou.

No discurso, o Santo Padre falou de três elementos da fé de Maria: a fé que desata o nó, a fé da carne humana a Jesus, e a fé como caminho.

Quanto ao primeiro elemento, Francisco recordou que os padres conciliares retomaram uma expressão de Santo Irineu que dizia: "o nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria".

"Quanto não escutamos a Deus, não seguimos sua vontade... demonstramos falta de confiança Nele... Isso é o pecado. E esses nós tiram a nossa paz, são perigosos, porque vários nós formam um emaranhado, cada vez mais difícil de desatar", explicou o Papa.

Entretanto, para a misericórdia de Deus nada é impossível, ressaltou o Pontífice. "Mesmo os nós mais complicados se desatam com sua graça".

Segundo o Papa, foi Maria que abriu a porta a Deus para desatar os nós, ao dizer Sim ao plano de redenção e aceitar gerar Jesus em seu Ventre.

Sobre o segundo elemento, o Santo Padre destacou que a através de sua fé e obediência, Maria gerou na terra o Filho eterno do Pai.

"Maria concebeu Jesus primeiro na fé e depois na carne", explicou o Papa. "Deus não quis fazer-se homem ignorando a nossa liberdade… quis passar através do livre consentimento de Maria".

De acordo com Francisco, o que aconteceu com Maria, sucede também a todos os que acolhem a Palavra de Deus com um coração bom e sincero, e a colocam em prática.

"É como se Deus se tornasse carne em nós. Ele vem habitar em nós, faz morada naqueles que O amam… Não é fácil entender isso, mas é fácil sentir no coração", destacou.

O Santo Padre disse ainda que, muitas pessoas, pensam na encarnação de Jesus como um fato apenas do passado, mas crer Nele significa "oferecer sua carne" com a coragem de Maria, para que Ele possa continuar habitando entre nós.

"Significa oferecer nossas mãos, nossos pés, nossos braços, nossa mente e sobretudo oferecer o nosso coração... Assim somos instrumentos de Deus, porque Jesus age no mundo através de nós".

E quanto ao último elemento, Francisco explicou que o Concílio afirma que Maria avançou pelo caminho da fé, e por isso ela nos precede. Mas em que sentido ela foi um caminho? questionou o Pontífice.

"No sentido de que todo o caminho foi seguir a Jesus", respondeu o Papa, e complementou: "Ele é o caminho... avançar nessa peregrinação espiritual não é senão seguir a Jesus, ouvi-lo. Ver como ele se comporta... e colocar os pés nas suas pegadas. Ter os seus sentimentos e atitudes".

Após a mensagem o Papa concedeu a todos sua benção apostólica. O momento de oração terminou com o canto da Salve Rainha.

Fonte: Canção Nova Notícias

Pai e filho serão ordenados sacerdotes nos Estados Unidos

WALSINGHAM - Em um acontecimento pouco comum na  Igreja  Católica, pai e filho serão ordenados sacerdotes nos Estados Unidos....