quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Missas em latim e com padre de costas para fiéis atraem jovens católicos conservadores

Movimento 'Juventutem' resgata tradições medievais liderado por pessoas de 16 a 34 anos

RIO - Manhã de domingo, igreja cheia. Muitos homens vestem trajes formais. Mulheres levam véus sobre os cabelos. O silêncio absoluto é quebrado por um canto gregoriano. O padre passa pelos fiéis a caminho do altar. Sempre de costas para a audiência, dá início à missa em inconfundível latim: In nomine Patris et Filii et Spiritus Sancti. A resposta vem em uníssono: Introibo ad altare Dei, ad Deum qui lætificat juventutem meam (Entrarei no altar de Deus, o Deus que alegra minha juventude). A cena evoca imediatamente imagens medievais, mas ocorreu no último dia 13 de julho, no Centro do Rio de Janeiro. Lá, a antiga Sé do Brasil, atual Igreja de Nossa Senhora do Carmo, sítio da coroação de João VI e Pedro I, é palco para uma das muitas missas tridentinas que se espalham pelo Brasil, numa ressurreição de formas litúrgicas antigas que atrai incontáveis jovens fiéis. O termo Juventutem, aliás, designa um movimento de volta às tradições católicas liderado por pessoas de 16 a 34 anos.

— Descobri a missa há uns anos, é um tesouro. Está claro que tem algo de sagrado aqui. É possível perceber tanto com os ouvidos quanto com os olhos — arrisca o engenheiro Felipe Alves, de 25 anos.




ORIGENS NO IMPÉRIO ROMANO DO OCIDENTE

A missa tridentina, ou rito latino, foi normatizada no Concílio de Trento, em 1570, mas tem bases bem mais antigas, que remontam ao Império Romano do Ocidente, extinto no século V. O conservadorismo, a sobriedade e o extremo recolhimento dos fiéis na cerimônia foram utilizados pela Igreja no século XVI como resposta às reformas protestantes do Norte da Europa que abalaram as estruturas pontifícias.

Nela, o único idioma utilizado é o latim, chamado pelos adeptos de “língua universal da fé”. Enquanto nas missas comuns nos nossos tempos os católicos se ajoelham apenas uma vez, na antiga esse número salta para quase dez, incluindo o momento de receber a hóstia. Há intervalos para a meditação, quando o silêncio chega ao extremo de permitir que se ouça tudo o que se passa do lado de fora da igreja. Durante quase toda a cerimônia o padre permanece de frente para a cruz do altar.

Foram séculos assim, até que o Concílio Vaticano II, na década de 1960, introduziu inúmeras mudanças, o uso da língua local e o padre de frente para os fiéis entre elas. Mas o século XXI vive uma intrigante retomada de tradições conservadoras na Igreja. Em 2007, o agora papa emérito Bento XVI promulgou a carta “Summorum Pontificum”, em que exaltava a volta às tradições e o caráter “excepcional” da missa tridentina. Até então, párocos que quisessem rezar no estilo antigo deveriam pedir permissão direta à Cúria, no Vaticano. Desde então, a escolha passou a caber a cada paróquia.

Para o padre Luís Correa Lima, professor de Teologia da PUC-Rio, o mistério por trás da missa tridentina é o que fascina.

— Tudo nela é meio misterioso. O padre fica de costas, falando em uma língua desconhecida e seguindo uma liturgia extremamente codificada. Mas esse rito encanta por ser algo ancestral e imutável, por evocar a transcendência de Deus. São elementos que fascinam o jovem — opina.

Curiosamente, a introdução da missa moderna e a ressurreição da antiga têm a mesma preocupação: tentar estancar a perda de fiéis da maior designação cristã. Não há números que revelem se a volta ao passado teve algum efeito nesse sentido. Mas é fato que, amparadas pelos jovens católicos conservadores, as missas tridentinas crescem país afora. Em 2007, uma organização independente contabilizou 20 dessas celebrações no território nacional. Agora, cerca de cem ocorrem com regularidade.

— Vivemos numa sociedade muito centrada no indivíduo, na qual se valoriza a autodeterminação e tudo é incerto. Então surgem grupos que evocam o passado, em que tudo estava respondido pelo religioso — analisa o historiador Sérgio Coutinho, presidente do Centro de Estudos em História da Igreja na América Latina (CEHILA).

Ligado à ala progressista da Igreja, Coutinho entende que os fiéis da missa tridentina são conservadores em tudo, inclusive politicamente:

— Eles creem que o Concílio Vaticano II não deveria ter acontecido, pois teria aberto demais a Igreja. Querem uma fuga do mundo, encontrar formas tradicionais de se viver. É como se quisessem que o passado voltasse.

Responsável por rezar a missa tridentina aos domingo na igreja do Centro do Rio, o padre Bruce Judice discorda. Segundo ele, dois dos princípios pregados em sua celebração são o respeito às diferenças e a orientação para que os fiéis não se fechem em círculos católicos isolados.

— Sempre dizemos que este não é o único modo de rezar. Não somos contra o Concílio Vaticano II — esclarece o padre, de 35 anos. — O que há, sim, é uma sede de espiritualidade entre os jovens. Há quem procure ioga, meditação, natureza... E há quem busque a missa tridentina.

Foi esta última a escolha do adolescente Eduardo Salomão, de 15 anos. Ele aprendeu latim sozinho e quer ser padre. Aos domingos, vai a uma missa tridentina e a outra contemporânea:

— Claramente prefiro a tridentina. Já cheguei a ser tachado de maluco. O rito contemporâneo não é para mim. No antigo, a meditação, o silêncio e a beleza encantam.

Bárbara Soares descobriu o rito pela internet. Foi no quase extinto Orkut que a estudante de Letras conheceu outros jovens adeptos da tradição. Ela ficou tão encantada com as primeiras celebrações que não parou mais de frequentar as missas. Numa delas, conheceu seu marido. Hoje, já casada aos 20 anos, Bárbara vai à igreja com o véu sobre os cabelos e defende a vestimenta:

— Ele mostra a dignidade da mulher, exalta seu caráter sagrado.

Ela segue a linha de centenas de integrantes oficiais do Juventutem no Brasil. Fundado em 2004, na Suíça, o movimento teve um primeiro encontro internacional em 2005, na Alemanha, e, desde então, tem crescido e sido cada vez mais representado nas Jornadas Mundiais da Juventude. Ano passado, milhares deles vieram ao Rio de Janeiro. E, pela internet, muitos se já se articulam para a próxima edição do evento católico, em 2016, na Polônia. Em fóruns internacionais do movimento pela internet são comuns discussões relacionadas à liturgia católica e também a assuntos ligados a direitos civis, com muitos dos seus membros condenando uniões entre pessoas do mesmo sexo e o direito ao aborto, por exemplo.

Fonte: O Globo 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Cristãos na China cantam hinos chorando ao ver a cruz de sua igreja sendo removidas

Após demolir uma Igreja Cristã e anunciar que mais um templo já recebeu ordem de demolição, uma investigação realizada pela International Christian Concern (ICC) mostra uma perseguição religiosa “anti-igrejas”, onde em uma só província chinesa 64 igrejas foram perseguidas.




Autoridades da província de Zhejiang demoliram a Igreja Cristã Sanjiang na cidade de Wenzhou em 28 de abril, mesmo após os protestos que duraram uma semana, onde centenas de fiéis cristãos formaram um corrente humana em torno da igreja.

O que parecia ser um evento isolado, teve uma investigação mais aprofundada pela International Christian Concern (ICC), e foi revelado que se trata de uma repressão generalizada e maciça anti-igrejas, o qual foi constatado que pelo menos 64 igrejas só na província de Zhejiang foram perseguidas, sendo que a ação mostrou uma igreja até o momento foi demolida( Igreja Cristã Sanjiang) e as outras form vandalizadas (tendo as suas cruzes retiradas, que em alguns casos a estrutura do prédio era prejudicada, como a remoção com guindastes e parte da construção onde a cruz estava fixa era retirada junto).

O portal de noticias China Aid revela que as autoridades retirou 50 cruzes em um dia na cidade Wenzhou e relata que 85 igrejas domésticas recentemente receberam ordens do governo para parar suas reuniões, sob ameaça de sofrer intervenção do governo e fechamento até o final do mês de maio.
A onda de igreja demolida e a retirada de suas cruzes, se deu quando o secretário Xia Baolong do Partido Comunista da Província de Zhejiang ao realizar uma visita de inspeção na província no inicio deste ano, ficou perturbado com a grande quantidade de cruzes, as quais poderiam ser vistas na linha do horizonte devido a grande quantidade de prédios de igrejas que hospedam milhares de fiéis.
Um contato da ICC disse que: “Ele achou a cruz no topo da Igreja Cristã de Baixi muito visível(chamava muito a atenção)”. A campanha “anti-igreja” foi realizada de acordo com as disposições de vagas nas Leis de Desenvolvimento e embelezamento urbano. A intenção declarada na campanha é “destruir formas agressivas de construções ilegais de acordo com a lei”.
No entanto, a investigação do TPI, revelou que mesmo igrejas aprovadas pelo governo estão enfrentando demolição ou remoção de cruz, como a remoção forçada da cruz no campanário da Igreja Cristã BaiXi na cidade de Wenzhou em 6 de maio. A campanha também tem como alvo quase exclusivamente locais cristãos.
Um contato da ICC disse que: “O governo tem aplicado na província de Zhejiang de forma seletiva a lei apenas em prédios de Igrejas. Outras estruturas “ilegais” não receberam ordens de demolição”. Sooyoung Kim, gerente regional da ICC para o Leste Asiático, diz:”Xia Boaolong, secretário local esta descarada e cuidadosamente minando a forma elaborada dos direitos humanos apresentado a China pela comunidade internacional e continua a implementar a sua campanha anti-igreja, limitando a liberdade religiosa e a reunião de cristãos em igrejas domésticas. “Os cristãos de todos os lugares do mundo interessados em ajudar os cristãos chineses, devem entrar em contato com a embaixada da China em seus países para pedir que para os ataques do secretário local Xia Baolong contra as igrejas na província de Zhejiang. Peça-lhes para se fazer cumprir o artigo 36 da Constituição da China e para que cessem imediatamente a demolição de igrejas e remoção de torres de igrejas e cruzes.”


Fonte: China Aid – via Persecutin.org

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Qual a diferença de Arquidiocese, Diocese, Vicariato, Forania, Paróquia e Capela



ARQUIDIOCESE – É a província eclesiástica que abrange todas as dioceses de uma região. Quem a governa e a preside é o bispo mais importante: o Metropolita, que, a partir do ano de 1301, passa a se chamar Arcebispo (bispo que possui a missão de ser chefe espiritual e de jurisdição da Arquidiocese ou também chamada Metrópole). Podemos dizer que a Arquidiocese é a Diocese do Arcebispo. Cada arquidiocese possui uma “Catedral”, local onde se encontra a “cátedra” – cadeira – do Arcebispo. Na paramentação litúrgica, o arcebispo metropolita distingue-se pelo uso do pálio (Tem a forma de uma faixa circular que carrega sobre os ombros e da qual pendem ante o peito e nas costas duas atiras retangulares, tudo de lã branca, se destacando dela seis cruzes de seda negra ou vermelha).

DIOCESE – É a circuncisão eclesiástica dirigida pelo bispo. Ela é também chamada de Bispado. O Código do Direito Canônico, no nº 369, afirma que a diocese é a “porção do povo de Deus confiada a um bispo”. Lá existe a Cúria Diocesana, ou seja, o conjunto de organismos com os quais o bispo governa pastoralmente.

VICARIATO – Dentro de cada diocese existem um ou mais Vicariatos. Os Vicariatos episcopais são um instrumento evangelizador mais descentralizado. Colaboram para o atendimento às exigências da ação evangelizadora em cada grande área geográfica ou ambiental, organizando melhor o trabalho e as relações pastorais. Já os Vicariatos territoriais, por sua vez, são divididos em áreas pastorais menores, designadas pelo Código de Direito Canônico como foranias, que agrupam algumas paróquias. O vigário episcopal (presbítero colaborador do bispo), nomeado pelo Arcebispo, formará a Coordenação do Vicariato, com os representantes das foranias. Cada Vicariato enviará representantes para comporem a Coordenação Arquidiocesana de Pastoral. Os vigários episcopais cultivam uma estreita relação pastoral com o arcebispo, na medida em que colaboram com o governo pastoral da Arquidiocese. Eles multiplicam e difundem o próprio ministério do arcebispo.

FORANIA – É um grupo determinado de paróquias dentro de um Vicariato. Cada forania é confiada a um vigário forâneo (título dado pelo bispo a um grupo de padres dentro de um Vicariato). Essa união de diversas paróquias mais próximas territorialmente favorece o trabalho pastoral mediante uma ação em comum. Os padres forâneos são eleitos pelos representantes das paróquias (párocos e vigários) por 2 anos, que por sua vez, representam aquele território, ou seja, a forania junto ao conselho presbiteral.

PARÓQUIA – É uma comunidade dentro da Diocese entregue aos cuidados pastorais e administrativos de um presbítero que recebe o título de pároco. Antigamente eram chamada de “Freguesias”. Ele deve trabalhar em comunhão com a diocese, as lideranças pastorais e os demais fiéis batizados. Além do pároco, também vemos a atuação do vigário paroquial (sacerdote que o bispo diocesano nomeia para coadjuvar um pároco no exercício do seu ministério pastoral). Só os padres podem ser párocos, mas numa paróquia pode haver também um diácono que trabalha com o pároco e o vigário.  Além das pessoas, uma paróquia tem sempre um território e uma igreja principal, chamada igreja paroquial. Pode ter outras igrejas menores, chamadas de ermidas ou capelas.

CAPELA – Antigamente chamadas de “ermidas”, é uma pequena comunidade numa região administrada por uma Paróquia. Além do Culto a Deus, podem-se realizar casamentos e os demais sacramentos, além das atividades sociais e pastorais. 

Fonte: Catequizar.com.br

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Renovação da Igreja Católica atrai cada vez mais jovens

A Igreja Católica vem se renovando a cada ano e com isso atraindo mais e mais fiéis, principalmente jovens, que encontram na religião um novo caminho de vida e fé. A vinda do novo Papa para JMJ Rio 2013 , o arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, eleito no dia 13 de março de 2013 com o nome de Francisco, sendo o primeiro jesuíta e latino americano a assumir o papado. Entre outras coisas tem contribuído para renovação da estrutura do templo católico, como exemplos alguns eventos que acontecem dentro e fora da Igreja, vejam abaixo:


Círculos Bíblicos

Congresso da Palavra Paroquial, Arqui ou Diocesano, Estadual ou Nacional

Mês de Setembro - Dedicado em Especial a Palavra de Deus 

Bíblia completa para todos 

Várias atividades com a Bíblia,como: Gincana Bíblica, Caminhada Bíblica, Bingo Bíblico, Sorteios de Bíblias, Formações, Palestras e outros...









Vigília 


Oração do Terço dos Homens 

Seminário de Vida no Espírito Santo 


Missa por Oração de Cura e Libertação 


Promoção de Cantores e Cantoras Católicas


7 Dias de Cerco de Jericó 



Congresso Paroquial, Arqui ou Diocesano, Estadual ou Nacional da Eucaristia 




Encontro de Casais com Cristo 




Congresso Estadual ou Nacional da RCC 



Cristoteca ou Balada Santa 


Acampamentos para Crianças e Jovens com Cristo  



Retiro de Carnaval 


Congresso Paroquial, Arqui ou Diocesano, Estadual ou Nacional 



Jornada Mundial da Juventude 



Peregrinações para Terra Santa e muitos outros lugares Santos no Brasil e o Mundo





A igreja vem tomando consciência de que a missão dela é falar para o mundo, vivenciando este momento novo e trazendo o mesmo para dentro do templo.As mudanças que tem acontecido tem sido em função dela [igreja] estar atingindo as pessoas do nosso tempo, respondendo as perguntas que esse tempo faz. A igreja passou um tempo afastada das realidades do mundo. Mas, apresentando o evangelho como uma resposta, um caminho de vida e superação para quem está buscando crescer, ela vem atraindo cada vez mais fiéis e jovens para a fé”. Dessa forma, o jovem pode encontrar no caminho de Deus, do bem, do amor, da comunhão entre as pessoas o sentido para a vida.“Tanto a igreja está se abrindo para os jovens quanto os jovens estão se abrindo para igreja. E isso mostra que há lugar para a juventude. Então se há lugar, a igreja tem que ter uma palavra para esse público também”.  A igreja física já existia e o que está mudando é a dinâmica de fazer igreja, de celebrar no templo, e pra isso as áreas físicas da Igreja também estão se renovando. Isso tudo vai fazendo com que a pessoa sinta que tem qualidade não só no que está sendo falado, mas ela também vivencia essa realidade ao ver essas transformações, não só na parte espiritual, mas também na parte física”.


Uma  das  características  da  vida  religiosa  na  Igreja  Católica  é  ser missionária.  Ser  missionário, segundo o magistério da Igreja,  é  ser  anunciador  da  boa  nova  de  Jesus, a  boa  notícia  da  Salvação.  Este  anúncio  precisa  ser  feito  a  todas  as pessoas. Por isso, o missionário necessita caminhar, sair de seu lugar, ir além.Eu entendo que religião é pra ajudar a pessoa a mudar, ser melhor. A religião tem uma proposta de renovação e transformação em período para a pessoa. E a Igreja aparece como um instrumental para ajudar o indivíduo a ter comportamentos, atitudes, posturas mais saudáveis, diferentes e amadurecidas diante da vida, a partir da palavra de Deus. Eu penso que é importante unir a vida à bíblia de cada pessoa que está na igreja. Que o fiel venha ao templo e saia dali melhor do que chegou. Que ele não só assista a missa, mas que também participe e se deixe tocar”.



Fonte: Ururau.com.br

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

O Presente dos Magos: Ouro, Incenso e Mirra


                                                                              Mateus 2,11

11 E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ¹ouro²incenso e ³mirra



OURO — Esse ocorre nativo, usualmente amalgamado com a prata, em quantidades variáveis. É extremamente maleável e dúctil, e não mancha. Essas propriedades o tornavam muito aceitável material para ornamentação, tais como contos e anéis, até mesmo para o homem da Idade da Pedra. O ouro foi prescrito para ser usado nos móveis mais importantes do tabernáculo de Moisés (Ex 25) e do templo de Salomão (1 Rs 6). Esse metal era especialmente abundante no aluvião do deserto oriental do Egito, e os israelitas devem ter removido vastas quantidades do mesmo por ocasião do êxodo. Outras fontes conhecidas no mundo antigo eram a costa ocidental da Arábia, as montanhas da Armênia e da Pérsia, a Ásia Menor e as ilhas do mar Egeu. O ouro desde bem cedo se tornou valioso como artigo de trocas. 



INCENSO — Um elemento comum do ritual do AT, o incenso era uma oferta cara e um sinal que reconhecia essencialmente a deidade (cf.Ml 1.11) A palavra tem uma dupla aplicação: refere-se tanto à substância usada para queimar como ao odor aromático que é assim produzido. Duas palavras hebraicas são assim traduzidas: (1) levonah, "incenso puro"; e (2) qetoret,"fumaça cheirosa" (em nossa versão portuguesa, "incenso"; is 1.13). Entre os israelitas, somente aos sacerdotes era permitido oferecer incenso. Quando o Senhor deu a Moisés instruções relativas a Arão, essas incluíam regulamentos estritos concernente ao emprego do incenso no lugar santo (Lv 16.12 s.). O incenso é igualmente usado nas Escrituras como símbolo da oração (p.ex., Sl 141.2; Ap 8.3s.; gr., thymiama). V. tb INCENSO PURO; SACRIFÍCIO E OFERTA (AT). Essa substância da exudação resinosa de certas árvores relacionadas com o terebinto, sendo que a mais importante delas são a Bosweilia canerii, a BosweíHa papyri fera, e a Bosweltia thurifera. Essas espécies multiplicam se abundantes no sudoeste da Arábia, na Abissínia e na Índia. Forneciam muito da riqueza adquirida por aqueles comerciantes que seguiam pelas antigas rotas das especiarias, desde o sul da Arábia até Gaza e Damasco (Is 60.6), A resina aromática branco-amarelada era obtida mediante incisão da casca e, embora fosse acre ao paladar, o incenso era extremamente odorífero.Fazia parte da composição do azeite santo da unção (Êx 30.34), e também era queimado, juntamente com outras substâncias, durante a oferta de manjares (Lv 6.15). O incenso era colocado em forma purificado sobre os pães da proposição, no tabernáculo (Lv 24.7). Se por um lado agradava aos sentidos (Ct 3 6; 4.6,14), por outro lado também simbolizava o fervor religioso (cf. Ml 1.11). O incenso puro dado como presente a Cristo pelos magos (Mt 2.11) tem sido interpretado como símbolo de seu ofício sacerdotal. 



MIRRA — (acádio, murru; em hebraico, mor) — Exudacão resinosa da haste e dos ramos de uma árvore baixa, ou a Commiphora myrrha (também Balsamodendron myrrha Aíees) ou a intimamente relacionada Commiphora kataf. Ambas as espécies são nativas dos desertos da Arábia e de partes da África. A goma goteja do arbusto no chão, onde endurece para formar uma resina oleosa de cor marrom-amarelada. A mirra era um ingrediente do óleo da santa unção (Êx 30.23-33). Era muito procurada por causa de suas qualidades aromáticas (Sl 45.8; Pv 7.17; Ct 3.6, 4.14; 5.5,13), e era uma das substancias empregadas nos ritos de purificação das mulheres (Et 2.12), como também na preparação de cosméticos (v. COSMÉTICOS E PERFUMARIA). Mirra foi um dos presentes ofertados ao infante Jesus, trazida pelos magos (Mt 2.11), formou parte de um estupefaciante  que lhe foi oferecido no Calvário (Mc 15.23), e foi uma das especiarias usadas por ocasião de seu sepultamento (Jo 19.39). A "mirra” de Gn 37.25; 43.11 (heb., foi), levada pelos comerciantes ismaelitas para o Egito, provavelmente era a resina da Cistus viltosus L , ou seja, o ládano comercial.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Papa vai rifar presentes para levantar recursos aos pobres

Rifa custa 10 euros e vencedores serão anunciados em 8 de janeiro.
entre as peças estão um chapéu Panamá, um carro, bicicletas e relógios.



O Papa Francisco faz gesto para a multidão ao chegar à audiência geral semanal na Praça São Pedro, no Vaticano, na quarta-feira (12) (Foto: Reuters/Tony Gentile)O Papa Francisco faz gesto para a multidão na
Praça São Pedro (Foto:Reuters/Tony Gentile)
Quer um chapéu Panamá que pertenceu ao papa? Agora é sua chance.
O papa Francisco vai rifar seu chapéu da marca Homero Ortega, assim como um carro quatro por quatro zero quilômetros da Fiat, bicicletas, relógio e outros objetos recebidos por ele como presentes, numa tentativa de levantar dinheiro para os pobres.
Um pôster recentemente afixado nos arredores do Vaticano anuncia a rifa de 13 objetos e mais outros 30 "prêmios de consolação" não especificados.
No passado, a maioria dos presentes dados aos papas era discretamente repassada para missões e outras instituições da igreja, ou acabava acumulando poeira em algum depósito do Vaticano.
Francisco, o primeiro papa latino-americano, fez da preocupação com os pobres uma das principais marcas de seu papado. Ele recentemente ordenou a instalação de chuveiros ao redor do Vaticano para que os sem-teto da região pudessem tomar banho.
O valor da rifa é de 10 euros (32,4 reais) e os vencedores serão anunciados no dia 8 de janeiro, próxima quinta-feira.
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Fonte: Reuters 

Pai e filho serão ordenados sacerdotes nos Estados Unidos

WALSINGHAM - Em um acontecimento pouco comum na  Igreja  Católica, pai e filho serão ordenados sacerdotes nos Estados Unidos....