sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Padre precisa de 'autorização' do tráfico para realizar missa no Rio

Suspeitos usam capela como refúgio no alto da Serrinha, Subúrbio do Rio. Acampamento para abrigar traficantes foi encontrado em mata.


Padre precisa de 'autorização' do tráfico para realizar missa no Rio

Traficantes da Serrinha, em Madureira, no Subúrbio do Rio, usam a Capela São José da Pedra como refúgio no alto da comunidade. De acordo com a Paróquia São Braz, o padre da igreja tem que pedir autorização dos criminosos para realizar missas no local.

Próximo ao local, também foi localizado um acampamento para abrigar traficantes. O espaço fica dentro de uma serra fechada, onde não foram vistos policiais militares. O local encontrado fica na parte alta da mata, com vista privilegiada.
Fonte: Rádio Excelsior AM840

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Prefeitos brasileiros vão a encontro sobre desenvolvimento no Vaticano

Tema do encontro é o desenvolvimento sustentável das cidades.



Diversos prefeitos brasileiros, entre eles o de São Paulo, Fernando Haddad (PT), participavam nesta terça-feira (21) de uma audiência sobre o desenvolvimento sustentável das cidades no Vaticano. O tema sustentabilidade foi um dos pilares da encíclica [carta circular] do Papa divulgada no mês de junho.Haddad falou sobre sustentabilidade e desenvolvimento humano por volta das 11h30 locais (6h30 de Brasília). Além dele, também foram ao Vaticano o presidente da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) Marcio Lacerda, de Belo Horizonte, e ACM Neto, de Salvador, entre outros.
Prefeitos de outras cidades do mundo também estavam presentes, como o de Nova York, Bill de Blasio.

"A escravidão ainda existe em nossas cidades, incluindo aqui em Roma", disse o prefeito da capital italiana Ignazio Marino.
Ex-cirurgião, Marino denunciou o tráfico de órgãos, que ele garante que deve crescer, dada a demanda crescente. Cerca de 10.000 operações são realizadas a cada ano para extrair órgãos para o benefício de pacientes ricos em todo o mundo.

Estas operações ilegais são realizadas principalmente na China, Índia e Paquistão, assegurou.
Mas, advertiu, "a África é a nova fronteira" deste tráfico internacional. O prefeito de Roma também advertiu contra a tentação de legalizar esse tráfico, permitindo a doação de órgãos em troca de remuneração, como, segundo ele, estuda os Estados Unidos.
Testemunhas mexicanas
A conferência, organizada no Vaticano, também ouviu o testemunho de duas jovens mexicanas, Karla Jacinto e Ana Laura Perez Jaimes, ambas feitas "escravas" durante anos em seu país.

Karla foi forçada a se prostituir a partir dos 12 anos, presa em um bordel mexicano onde fez as contas de seus "clientes" até sua libertação aos 16 anos: mais de 42.000.
Ana Laura relatou, por sua vez, como viveu por cinco anos presa em celas e, por vezes, forçada a trabalhar 20 horas por dia, até que conseguiu escapar aos 23 anos.
"Não é possível que isso continue a existis, não é possível que nós permanecemos cegos" para lidar com esta situação, declarou.
"Temos que mudar nosso estilo de vida", defendeu Anne Hidalgo, prefeita de Paris, pedindo a implementação de uma "economia de menor impacto", privilegiando, por exemplo, a reciclagem.

Hidalgo agradeceu o convite do Papa, que permitiu comparar as experiências de dezenas de prefeitos em todo o mundo sobre temas chave.

Papa pede firmeza
Durante sua fala, o Papa Francisco exortou a Organização das Nações Unidas (ONU) a adotar uma "postura muito firme" contra a mudança climática na cúpula sobre o aquecimento global marcada para dezembro em Paris.

"Tenho grandes esperanças na cúpula de Paris", declarou o Papa. "Tenho grandes esperanças de que um acordo fundamental seja alcançado. A Organização das Nações Unidas precisa adotar uma postura muito firme nisso."
Francisco, que falou de improviso em espanhol no fim do primeiro dia do evento, declarou esperar que a reunião parisiense trate "particularmente de como ela (mudança climática) afeta o tráfico de pessoas".
No mês passado, Francisco emitiu uma encíclica sobre a mudança climática, a primeira dedicada ao meio ambiente. A exortação para 1,2 bilhão de membros da Igreja pode levar os católicos de todo o mundo a fazer lobby com formuladores de políticas a respeito de temas ecológicos e da mudança climática.
Carta de prefeitos brasileiros
A carta que os prefeitos brasileiros vão entregar ao Papa diz que os governos locais - as Prefeituras - também devem colaborar para reverter a crise climática global e cita metas estabelecidas para desatrelar o desenvolvimento das cidades do aumento de emissões de gases de efeito estufa.

O texto menciona que as mudanças climáticas pioram a qualidade de vida, especialmente da população mais carente, e que, para superar a vulnerabilidade dos mais pobres, adota políticas públicas de inclusão social.

Os prefeitos ainda pedem que a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheça a importância dos governos locais na sustentabilidade do mundo e desenvolvimento humano.

Fernando Haddad foi convidado para um seminário com 15 prefeitos de todo o mundo e o governador da Califórnia no Vaticano nos dias 21 e 22 de julho de 2015. O convite foi assinado pelo monsenhor Marcelo Sanches Sorondo, responsável pelo sacro Colégio.

Fonte: G1.com

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

A Igreja precisa de mais sacerdotes e religiosas no mundo



Quais são as consequências de existirem poucos sacerdotes, religiosos e paróquias para responderem ao crescimento global dos católicos no mundo todo?

Em alguns lugares, o fenômeno de fechamentos e consolidações de comunidades paroquiais tiveram como consequência a existência de "grandes paróquias". Sobretudo na Europa e na América do Norte, onde isto já acontece. Gray explicou que o resultado poderia ser uma crise da comunidade, nas quais muitos católicos experimentam o "anonimato" em meio a tantos paroquianos.

Estes católicos "anônimos" estariam menos entusiasmados na participação da vida paroquial: doariam e participariam menos nos sacramentos e trariam cada vez menos vezes os seus filhos à Igreja.
Particularmente, isto é mais difícil para a Europa e para a América do Norte, assinalou Gray, porque historicamente estas regiões eram bem atendidas com paróquias e sacerdotes e estão acostumados a terem comunidades locais menores ao invés de grandes paróquias missionárias.

Agora, as paróquias não seriam somente maiores, como também os sacerdotes serviriam a diversas paróquias, deixando os católicos com menos oportunidades para relacionar-se com seu pároco.
"Por muito tempo as pessoas esperavam ir à sua paróquia local quando quisessem, batiam na porta e lhes abria um sacerdote. Especialmente quando alguém estava muito doente", recordou Gray. Agora isto parece ser difícil.

A Europa vai ter uma diminuição de cinco por cento no tamanho da sua população católica até 2050, prediz o relatório, mas é impressionante que o número de sacerdotes diocesanos e religiosos com votos tenha diminuído em cerca de 40% desde 1980, assim como diminuiu o número total de paróquias.

Por conseguinte, sacerdotes de outros continentes, como por exemplo a África, tiveram que   transladar-se para servir os católicos da Europa e da América. Isto põe uma pressão adicional sobre a Igreja na África, onde o crescimento significativo nas paróquias, sacerdotes e religiosos ainda não consegue responder ao maior auge da sua população católica.

"Enquanto alguns sacerdotes africanos servem internacionalmente em paróquias do mundo inteiro, isto pode chegar a ser mais difícil nas próximas décadas, pois existem necessidades mais urgentes no próprio continente", assinala o relatório.

Das regiões incluídas no relatório, a África experimentou o maior aumento de católicos por paróquia desde 1980, passaram de 8.193 católicos por paróquia em 1980 a 13.050 em 2012.
Apesar de o número de sacerdotes e paróquias na África subirem mais de 100% durante este período de tempo, o número de católicos cresceu em 238%, o que aumenta a proporção entre o número de católicos e o número de sacerdotes e religiosos.

Segundo estas investigações, o esplendor católico pelo qual está passando o continente é uma consequência do auge da sua população, pois as taxas de fertilidade em qualquer região estão relacionadas diretamente com a vitalidade da Igreja nessa zona.

Quando a taxa de fecundidade está abaixo do nível de substituição de 2,1 filhos por casal – como acontece na maioria dos países europeus – a Igreja está numa situação complexa.
Quando a taxa de fecundidade é mais alta e está acima da taxa de substituição – como na África subsaariana com um 5,15 – a Igreja está crescendo rapidamente.

E quando a taxa de fecundidade se aproxima do nível da taxa de substituição – como na América Latina e no Caribe, onde diminuiu de 4,2 em 1980 a 2,18 em 2012 – o crescimento da Igreja está em desaceleração.

A explicação do Dr. Mark Gray para isto é simples: menos nascimentos "significa eventualmente um menor número de batismos, primeiras comunhões, menos matrimônios e populações menores".

Fonte: Acidigital 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Entrevista com pesquisador Dr. Mark Gray, sobre crescimento da Igreja


Um problema destacado pela pesquisa é que a maioria das paróquias do mundo ainda está localizada na Europa e na América, lugares no qual a Igreja experimenta um declive ou estancamento populacional. O mundo em vias de desenvolvimento está somando mais católicos, mas não existem suficientes paróquias para servi-los.
"Existem paróquias lindas" na Europa, afirmou Gray. "Não podemos pegá-las e mudá-las de lugar de um lado do mundo a outro tão facilmente. Desse modo, em um lugar a Igreja vai ter que fechar paróquias e em outro vai ter que construir muitíssimas, além de ter que encontrar a maneira de organizar seu clero".
Outra descoberta aponta que os católicos estão participando menos na Igreja à medida que ficam mais velhos, o que se observa claramente nas taxas de participação sacramental.
Em todas as regiões, o número de batismos infantis a cada mil católicos é maior que o número de primeiras comunhões, o qual supera o número de crismas e está acima do número de matrimônios celebrados dentro da Igreja.
Embora fosse inegável em regiões como a Europa, onde existe uma baixa geral de números de sacerdotes e religiosos, isto também acontece nas demais regiões, onde o número de membros da Igreja está em crescimento.
A América tem uma taxa de assistência à Missa e um número de matrimônios por cada mil católicos inferiores à Europa, apesar de a população católica no “continente da esperança” ser cada vez maior. Gray sublinhou que estes resultados ainda devem ser analisados.
Por outro lado, o número de sacerdotes, religiosos e religiosas diminuiu na América desde a década de 1980, apesar de o número de católicos e sacerdotes diocesanos ter aumentado nesta região.
Inclusive na África, continente que possui o mais alto crescimento da Igreja, existe uma forte queda na participação sacramental do batismo ao matrimônio. A taxa de matrimônio é, na realidade, muito pequena tanto na África como na América.
Isto pode explicar-se devido à rapidez do crescimento demográfico que supera rapidamente o crescimento das suas paróquias. Pois este continente é o líder mundial com mais de 13 mil católicos por paróquia.
"Na África, mais do que em qualquer outro lugar, a Igreja precisa estudar a possibilidade de que alguns renunciem ou atrasem a atividade sacramental devido à falta de acesso à uma paróquia próxima", sustenta o relatório do CARA.
A Ásia, entretanto, lidera a participação sacramental e supera todas as outras regiões nas taxas de primeiras comunhões, crismas e matrimônios.
"Algo que acontece na Ásia é evidente. Pois a tendência deste continente é oposta as demais regiões", assinalou Gray, que adicionou que os líderes católicos deveriam prestar atenção ao que está acontecendo ali.
Com exceção da China continental, região da qual o Vaticano não proporcionou dados, a população católica na Ásia aumentou em aproximadamente 63% desde 1980. Em geral, a assistência à Missa também diminuiu significativamente, embora alguns países asiáticos reportaram uma assistência à Celebração Eucarística mais alta do que nos outros.
O número de sacerdotes diocesanos aumentou em mais do que dobro na Ásia desde 1980 e o número tanto de sacerdotes, como de religiosos e religiosas, aumentou quase o dobro, durante este período.

Fonte: Acidigital

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Padre surpreende e cede igreja para culto evangélico: “Somos filhos do mesmo Deus” - Mariana/MG

Os recentes acontecimentos ocorridos com o rompimento das barragens da mineradora Samarco, em Mariana/MG, deixaram muitas vítimas e um rastro de destruição e tristeza.




Diante da tragédia ocorrida, muitos moradores perderam tudo o que tinham e precisarão iniciar uma nova vida.

Bispo Josep Rossello, da Primeira Igreja Batista de Mariana, disse que o templo da igreja foi totalmente destruído pela lama proveniente do rompimento das barragens.
Quando ninguém esperava, eis que surge um ato inusitado por parte de um padre católico da cidade. Em meio ao caos, o religioso fez as pessoas acreditarem que é possível vivermos em um mundo onde o amor e a solidariedade falem mais alto do que as crenças e as denominações religiosas.
O padre disponibilizou uma Igreja da paróquia para os irmãos da Primeira Igreja Batista de Mariana-MG possam cultuar a Deus.
Ele explicou que, nesse momento de tristeza e dor, a missão de todos os cristãos e filhos do mesmo Deus, é acolherem uns aos outros como Cristo fez.
O gesto fez que católicos e evangélicos se unissem no momento de solidariedade. Os cultos tem sido motivo de alegria para ambos os grupos e até mesmo o padre tem participado dos cultos da Igreja Batista.
“Tem sido uma bênção”  relatou um fiel da igreja Batista. “Temos sentido verdadeiramente o amor de Deus nos unir nesses últimos dias.”

Fonte: Diário do Brasil

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Ajuda Humanitária da Igreja - Ramadi / Iraque

Sua Beatitude Louis Raphaël I Sako, Patriarca da Babilônia dos Caldeus, visitou a cidade de Ramadi, cerca de 110 quilômetros a oeste de Bagdá, onde estima-se que há 350 famílias refugiadas dos recentes conflitos ocorridos na região. 
O Patriarca, em colaboração com a Caritas Internationalis, foi ao local para oferecer ajuda humanitária.






Fonte: Orientale Lumem 

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Aumenta o número de sacerdotes ordenados nos Estados Unidos em 2015

Washington - Estados Unidos. A geração 2015 de novos sacerdotes nos Estados Unidos tem uma boa notícia para compartilhar com o mundo: este ano a cifra de ordenados aumentou para o número de 595 sacerdotes, em comparação à de 477 registrados em 2014. Este aumento que corresponde a 24.7% foi celebrado pela Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) em um comunicado oficial no dia 07 de abril.


Aumenta o número de sacerdotes ordenados nos Estados Unidos em 2015.jpg

 

 
"É motivante ver o leve incremento no número de ordenações neste ano nos Estados Unidos", expressou Dom Michael F. Burbidge, Bispo de Raleigh e Presidente do Comitê Episcopal sobre Clero, Vida Consagrada e Vocações. "Quando se perguntou sobre as influências positivas que encontraram para discernir o chamado, os ordenandos responderam que o apoio de sua família, seu pároco e as escolas católicas tiveram uma alta classificação".

As estatísticas da Conferência de Bispos oferecem muito mais informação útil para a pastoral vocacional e fazem parte do estudo anual encarregado ao Centro de Investigação Aplicada à Pastoral da Universidade de Georgetown. Por exemplo, se estabeleceu que a idade média dos novos sacerdotes de 2015 é de 34 anos, mas que na média tinham 17 anos ao considerar pela primeira vez sua vocação. A grande maioria deles (84%) são católicos de nascimento, sendo educados por pais ambos pertencentes à Igreja Católica. Por volta de 37% tem um parente que já é sacerdote ou religioso.

78% dos entrevistados manifestou que havia servido na liturgia como coroinha e 51% havia servido também como leitor. 60% dos neo-presbíteros completou uma carreira universitária antes de ingressar ao Seminário e 61% já havia tido experiência de trabalho. Sobre esta condição de profissionais, a USCCB chamou a atenção sobre as dúvidas educativas como uma dificuldade a superar para uma parte considerável dos sacerdotes de 2015 (26% entrou para o Seminário com dívidas pendentes de 22.500 dólares).

25% dos novos sacerdotes nasceram fora dos Estados Unidos, sendo os países de origem mais frequentes Colômbia, México, Filipinas, Nigéria, Polônia e Vietnã. Como em estudos similares, a oração do Santo Rosário e a Adoração Eucarística figuram como práticas habituais dos novos sacerdotes antes de seu ingresso ao Seminário (70% dos entrevistados).

Fonte: Gaudium Press

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Papa Francisco ordena 19 novos sacerdotes em cerimônia no Vaticano

Missa aconteceu na Basílica de São Pedro no domingo, 26 de abril de 2015.
Durante ritual, sacerdotes deitaram no chão da basílica.


O Papa Francisco ordenou 19 novos sacerdotes em uma cerimônia realizada na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
Muitos fiéis acompanharam o ritual em que os sacerdotes tiveram que deitar no chão da basílica.
Sacerdotes deitaram no chão da Basílica de São Pedro durante a cerimônia (Foto: Giorgio Onorati/Reuters)Sacerdotes deitaram no chão da Basílica de São Pedro durante a cerimônia (Foto: Giorgio Onorati/Reuters)
Papa Franciscou ordenou 19 novos sacerdotes neste domingo (26) (Foto: Giorgio Onorati/Reuters)Papa Franciscou ordenou 19 novos sacerdotes neste domingo (26) (Foto: Giorgio Onorati/Reuters)
Papa Francisco ordena novos sacerdotes no Vaticano (Foto: Max Rossi/Reuters)Papa Francisco ordena novos sacerdotes no Vaticano (Foto: Max Rossi/Reuters)
Papa Francisco durante cerimônia no Vaticano (Foto: Max Rossi/Reuters)Papa Francisco durante cerimônia no Vaticano (Foto: Max Rossi/Reuters)
 
Fonte: G1.com

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Igreja Católica na Coreia do Sul - Grande crescente no Mundo

Vaticano divulga dados sobre Igreja Católica na Coreia do Sul
O Vaticano publicou, em agosto de 2014, dados sobre a Igreja no país coreano. Os números são provenientes do Escritório Central de Estatística da Igreja.
A República da Coreia do Sul conta com uma superfície de 99.268 km2 e uma povoação de 50.220.000 habitantes dos quais 5.393.000 são católicos (10,7% da população). Existem 16 circunscrições eclesiásticas, 1.673 paróquias e 843 centros pastorais.
Realizam as tarefas de apostolado 35 bispos e 4.261 sacerdotes, os religiosos são 516 e as religiosas 9.016; os diáconos permanentes 10. Há 56 membros leigos de institutos seculares, 123 missionários leigos e 14.195 catequistas. Os seminaristas menores são 395 e os maiores 1.489.
No país, a Igreja Católica tem 328 centros educativos de todos os níveis nos quais estudam 221.020 pessoas, além de 49 centros de educação especial. Existem também 200 centros assistenciais de propriedade da Igreja ou dirigidos por eclesiásticos: 40 hospitais, 4 ambulatórios, 9 leprosários, 513 casas para anciãos, 277 orfanatos e 83 consultórios familiares e centros para a proteção da vida.
O Papa Francisco visitará a Coreia do Sul por ocasião da VI Jornada da Juventude Asiática. Essa foi a terceira viagem internacional do Pontífice e a primeira ao continente asiático.
Fonte: Canção Nova

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Médico demitido por se recusar a fazer aborto é absolvido de acusações de “má conduta”




Um médico cristão que havia se negado a realizar um aborto foi demitido de seu emprego na direção do hospital onde atuava, um ano atrás. Agora, no julgamento do caso, o comitê disciplinar o considerou inocente das acusações de “má conduta no tratamento dos pacientes”, e agora, ele pretende recorrer à Justiça para recuperar seu cargo.

O imbróglio começou quando o médico polonês Bogdan Chazan alegou razões de fé para se recusar a fazer um aborto em um caso de má formação do feto.

O caso repercutiu e à época, o primeiro-ministro do país, Donald Tusk, repudiou sua conduta, dizendo que “nenhum médico deveria estar acima da lei”

O médico, que é católico, seguiu firme em sua alegação de que não poderia fazer a interrupção da gestação por questões de consciência. O resultado foi que Chazan foi retirado de seu cargo de comando no Hospital da Sagrada Família de Varsóvia.

Segundo informações da agência EFE, Chazan é um renomado e após a decisão do comitê disciplinar, ele garantiu que irá à Justiça exigir sua restituição ao posto de diretor do hospital: “Sofri uma pena muito dura [a demissão] e considero que não foi nem razoável nem justa”, disse o médico, que destacou o fato de que a decisão favorável a ele no comitê disciplinar o fez recuperar a “fé na justiça”.

A demissão de Chazan levou milhares de profissionais da área da saúde na Polônia a assinarem um manifesto em que defendem seu direito em negar tratamentos contrários a suas crenças religiosas.
A liderança do movimento dos médicos e enfermeiros está ligada à Igreja Católica e se inspira em declarações como as da doutora Wanda Poltawska, amiga do falecido João Paulo II, para quem “a medicina atual representa o mal”.

“Aborto, inseminação artificial e, finalmente, rejeitar Deus como o criador mediante à prática da fecundação in vitro representam uma ameaça para a vida eterna de todas as pessoas que cometem estes atos”, criticou a doutora.

Fonte: Gospel Mais

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

ANO LITÚRGICO - Cores litúrgicas

Quando vamos à igreja, notamos que o altar, o tabernáculo, o ambão, e até mesmo a estola e a casula usadas pelo sacerdote, combinam todos com uma mesma cor. 

Percebemos também que, a cada semana que passa, essa cor pode permanecer a mesma ou variar. Se acontecer de no mesmo dia irmos a duas igrejas diferentes, comprovaremos que ambas usam a mesma cor, com exceção, é claro, da igreja que celebra o seu padroeiro. Na verdade, a cor usada um certo dia é válida para a Igreja em todo o mundo, que obedece a um mesmo calendário litúrgico. Conforme a missa do dia, indicada pelo calendário, fica estabelecida uma determinada cor.

Desta forma, concluímos que as diferentes cores possuem algum significado para a Igreja: elas visam manifestar externamente o caráter dos Mistérios celebrados e também a consciência de uma vida cristã que progride com o desenrolar do Ano Litúrgico. Manifesta também, de maneira admirável, a unidade da Igreja. No início havia uma certa preferência pelo branco. Não existiam ainda as chamadas cores litúrgicas. Estas só foram fixadas em Roma no século XII. Em pouco tempo, devido ao seu alto valor teológico e explicativo, os cristãos do mundo inteiro aderiram a esse costume, que tomou assim, caráter universal. 

As cores litúrgicas são seis, como veremos a seguir.

Branco
Simboliza alegria, ressurreição, vitória, pureza. É usada na Páscoa, no Natal, nas solenidades e festas do Senhor, nas festas de Nossa Senhora e dos santos (excepto dos apóstolos e dos mártires).

Vermelho
Lembra o fogo do Espírito Santo e também o sangue. É a cor usada na liturgia dos apóstolos, dos mártires, no Domingo de Ramos, na Sexta-feira Santa e no Pentecostes.

Verde
Simboliza o crescimento e a esperança. É usada no Tempo Comum.

Roxo
É símbolo da penitência e da conversão. É usada nos tempos do Advento e da Quaresma, e também nas missas dos defuntos e no sacramento da confissão.

Preto
É sinal de tristeza e luto. Hoje está praticamente em desuso na liturgia.

Rosa
A cor rosa pode ser usada no 3º domingo do Advento e no 4º domingo da Quaresma. Simboliza uma breve pausa, um certo alívio no rigor da penitência da Quaresma e na preparação do Advento.

Fonte: paroquiadeaquidauana.com.br

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Igreja de Aparecida tem dobro de visitantes da Torre Eiffel







São Paulo - 12 milhões de pessoas passaram em 2014 pelo Santuário Nacional de Aparecida, no interior de São Paulo, segundo estimativas da Igreja citadas pela consultoria Euromonitor.
É praticamente o dobro da quantidade de pessoas que foram em 2013 na Torre Eiffel, símbolo máximo de Paris, capital da França - o país mais visitado do mundo.
Juazeiro do Norte, terra do Padre Cícero no Ceará, recebeu 2,5 milhões de peregrinos para celebrações só no ano de 2011 - mais do que o total de viagens domésticas feitas por paraguaios no mesmo ano.
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O Ministério do Turismo estima que 7,7 milhões de viagens domésticas no Brasil foram motivadas pela fé em 2014, o mesmo número de viagens domésticas feitas em todo o Uruguai em 2012.
Em 2013, a Jornada da Juventude com a presença do Papa Francisco atraiu 671 mil turistas, 212 mil dos quais estrangeiros.
São testamentos à importância crescente do turismo religioso no Brasil, um dos destaques do relatório da Euromonitor sobre a indústria de viagens na América Latina lançado hoje.
O Brasil é, afinal, o maior país católico do mundo, com 12% da população mundial, ou 138 milhões de pessoas, o equivalente a uma Rússia.

Fonte: Revista Exame

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Vaticano distribuiu 1,5 milhão de euros em ajudas em 2014


Cidade do Vaticano - O Vaticano anunciou que distribuiu ajudas de 1,5 milhão de euros em 2014, 25% a mais que no ano anterior, a refugiados, presos, estudantes estrangeiros, doentes, idosos e desabrigados.
O valor da ajuda a cada um costuma ser pequeno, já que o Vaticano quer que alcance o maior número de pessoas possível, explicou o monsenhor Diego Giovanni Ravelli, funcionário da Esmolaria Apostólica dirigida pelo polonês Konrad Krajewski.
Desde a eleição do Papa Francisco, se multiplicaram as iniciativas originais tanto na arrecadação - o pontífice colocou à venda presentes dados a ele por chefes de Estado - como na divisão das ajudas.
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Krajewski providenciou, por exemplo, a instalação de chuveiros gratuitos e de um cabeleireiro à sombra da colunata de Bernini, na praça de São Pedro, e distribuiu centenas de guarda-chuvas e sacos de dormir a pessoas desabrigadas.
Além disso, o Vaticano convidou há pouco tempo 150 pessoas sem teto à Capela Sistina, onde viram o papa Francisco.
O Vaticano organizou em 14 de maio, dia da Ascensão, um show beneficente na grande sala de Paulo VI.
A festa da Assunção celebra no dia 15 de agosto na religião católica a ascensão ao céu da Virgem Maria, a mãe de Jesus.
"Os ilustres hóspedes que ocuparão os lugares de honra nas primeiras fileiras, reservados habitualmente às personalidades, serão pobres de Roma" convidados por diversas organizações beneficentes, anunciou o monsenhor Ravelli.

Fonte: Revista Exame 

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Jesus não foi à Marcha para Jesus

Bastaria dar uma olhada em alguns dos feitos e ditos de Jesus da forma como aparecem na Bíblia para imaginar que, se estivesse aqui, teria fugido da apoteótica marcha da quinta-feira, 04/05/2015, realizada em sua homenagem, na zona norte de São Paulo.
Teria fugido para se encontrar, na periferia da cidade, com a caravana de excluídos pelos evangélicos fundamentalistas, todos os diferentes e perseguidos pelos poderes conservadores, aqueles com os quais Jesus se entendia melhor do que com os sacerdotes e doutores do Templo.
A Marcha para Jesus tinha como título “Exaltando o Rei dos Reis”, e nela ouviram-se gritos, entre outros, contra a prostituição, as drogas e a novas famílias formadas por gays e lésbicas.
Brasil merece ser visto dentro e fora de suas fronteiras como um país tolerante e moderno sem essas obsessões contra os que praticam diferentes sexualidades
Na grande marcha para Jesus foram ouvidos os ecos da intolerância e indignação contra a liberadora publicidade da empresa O Boticário, na qual casais de homens e casais de mulheres trocam presentes com naturalidade e afeto e que alguns evangélicos tentaram obstruir legalmente.
A Bíblia está, entretanto, coalhada de histórias de amor entre pessoas do mesmo sexo, como os casos das mulheres Rute e Noemi, ou Davi e Jônatas. E até de Jesus com o discípulo João, que os evangelhos apresentam como um caso especial de amor. João era para Jesus o “amado” e “preferido”. E os apóstolos beijavam-se entre eles.
O pastor Estevam Hernandes, da Igreja Renascer, anunciou que as imagens da Marcha para Jesus serão levadas a 170 países. Seu desejo é que Brasil não seja visto no exterior, entre outras coisas, como “o país das prostitutas”.
Na verdade, como o Brasil merece ser visto dentro e fora de suas fronteiras é como um país tolerante e moderno sem essas obsessões contra os que praticam diferentes sexualidades, que continuam sendo mortos, ou contra as prostitutas, as quais Jesus amava e defendia contra a hipocrisia dos fariseus, chegando a dizer que Deus as preferia a eles.
Não como um país que ainda pune como crime a liberdade da mulher de decidir sobre o fruto de seu ventre se assim exigir sua consciência.
Nem um país hipócrita sobre o consumo de drogas ou que ainda não foi capaz de legalizar a legitimidade de novas formas de famílias, querendo, como querem fazer algumas lideranças evangélicas, impor a toda a sociedade um só tipo de família tradicional com ações ditatoriais que lembram a trágica e assustadora posição política das chamadas repúblicas islâmicas.
Como oportunamente escreveu neste jornal minha colega Carla Jiménez, o que a democracia brasileira conquistada com tantas lutas e mortes não merece é que “a hipocrisia possa dominar o dia a dia cotidiano do país”.
O Brasil sempre foi visto por nós estrangeiros como um país acolhedor e tolerante em matéria de fé e costumes. Hoje é triste e preocupante que venham justamente dos templos os gritos de guerra contra os diferentes, contradizendo Isaías que profetizava a chegada de um Messias, não discriminador e intolerante, mas que abraçaria todas as raças e povos com suas próprias identidades: “Minha casa será chamada de casa de oração para todos os povos” (Is. 56).
Jesus teria fugido da marcha de quinta que pretendia apresenta-lo e consagrá-lo como “Rei dos Reis”, já que durante sua vida havia feito o mesmo quando a multidão, em busca de milagres, quis fazê-lo rei. O evangelista João conta o ocorrido: “As pessoas, ao verem o milagre feito por Jesus (o da multiplicação dos pães) dizia: 'Esse é o profeta que deve vir ao mundo'. E Jesus, percebendo que queriam levá-lo para consagrá-lo rei, retirou-se sozinho ao monte”.
Jesus nunca buscou o poder. Não o temia, mas também não o amava.
Como em vida, se os evangélicos desejassem coroá-lo novamente como rei dos reis, Jesus somente aceitaria sê-lo daqueles que alguns dos pastores de suas igrejas discriminam e humilham.
Se existe algo que é revelado com clareza pelos textos sagrados é que Jesus não suportava a hipocrisia dos homens da Igreja que se acreditavam na época, como muitos pastores e bispos, donos da verdade e até da vida e dos sentimentos das pessoas.
Em uma Marcha em homenagem a Jesus, melhor do que gritar contra as prostitutas, o aborto e contra a homossexualidade, ele seguramente teria preferido ler nos cartazes e palavras de ordem algumas frases de seu famoso discurso contra a hipocrisia, reunido pelo evangelista Mateus (23, 1 – 39), como essas:
- “Ai de vós, mestres da lei e fariseus hipócritas que limpais por fora o copo e o prato, mas por dentro estais cheios de ganância e cobiça!”.
- “Ai de vós que por fora pareceis justos diante dos homens, mas por dentro estais cheios de crimes!”.
- “Ai de vós, mestres da lei e fariseus, que descuidais do mais importante da lei como a justiça e a misericórdia”.
Uma das grandes afirmações de Jesus, na qual se inspiraram todas as igrejas cristãs, era a que dizia: “Quero misericórdia e não sacrifícios”.
Os teólogos da libertação, primeiro condenados pelo Vaticano e em fase de reabilitação pelo papa Francisco, sempre afirmaram que a grande revolução do Crucificado foi ter desviado o eixo da fé dos ritos à defesa da vida e da liberdade, do altar às ruas. E nas ruas, os preferidos daquele rei sem coroa e sem casa sempre foram os que ainda hoje continuam sendo os excluídos da sociedade.
Onde deveria estar Jesus na quinta-feira durante a marcha que quis colocá-lo de novo a coroa do rei dos bem-pensantes, os puros e os satisfeitos?


Fonte: Brasil.elpais

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Eu odiava a simples ideia de algum dia virar católico



A história de um evangélico batista que encontrou a plenitude da fé no catolicismo

No dia seguinte à quarta-feira de cinzas de 2012, eu liguei para a minha mãe do meu dormitório no Seminário Teológico Batista do Sul e contei a ela que estava pensando em me tornar católico.
“Você não vai se tornar católico, você só sabe que não é batista“, disse ela.
“Não, mãe, eu acho que não é só isso”.
Pausa. “Ah, meu Deus”, ela suspirou.
Eu comecei a chorar.
Não tenho como enfatizar o suficiente o quanto eu odiava a simples ideia de algum dia virar católico. Fui reticente até o último instante. Poucos dias antes de abandonar a Igreja batista, eu cheguei a enviar um sermão para um concurso; estava decorando o Salmo 119 para me convencer da “sola scriptura”; marcava reuniões com professores para ouvir os melhores argumentos contrários ao catolicismo; lia livros protestantes sobre o catolicismo, de propósito, em vez de livros de autores católicos.
Além disso, eu sabia que ia perder o subsídio para moradia e teria que devolver o valor da bolsa se abandonasse o seminário, sem falar da decepção para a minha família, amigos e para a dedicada comunidade da igreja.
Mas quando eu tentava estudar, desabava na cama. Tudo o que eu queria era gritar com o livro: “Quem disse?”.
Eu tinha vivido uma grande mudança de paradigma na minha maneira de pensar sobre a fé. E a questão da autoridade apostólica surgia mais forte do que nunca.
Mas vamos voltar alguns anos no tempo.
Eu cresci num lar protestante evangélico. Meu pai se tornou pastor quando eu estava na quarta série. Durante o ensino médio, eu me apaixonei por Jesus Cristo e pelo seu precioso Evangelho e decidi me tornar pastor também.
Foi nessa época que eu endureci a minha convicção de que a Igreja Católica Romana não seguia a Bíblia. Quando perguntei a um amigo pastor por que os católicos diziam que Maria permaneceu virgem depois do nascimento de Jesus, se a Bíblia diz claramente que Jesus teve “irmãos”, ele simplesmente fez uma careta: “Porque eles não leem a Bíblia”.
O livro “Don’t Waste Your Life” [Não desperdice a vida], de John Piper, me fez enxergar um chamamento ao trabalho missionário. Passei o verão seguinte evangelizando os católicos na Polônia.
Fiquei surpreso quando visitei os meus pais, depois disso, e encontrei um livro intitulado “Born Fundamentalist, Born Again Catholic” [Nascido fundamentalista, renascido católico] em cima da mesa do meu pai. Por que o meu pai estaria lendo uma coisa dessas? Fiquei curioso e, como não tinha trazido nada para ler em casa, dei uma olhada no livro.
As memórias de David Currie, que abandonou a sua formação e o seus ministérios evangélicos, foram desconfortáveis para mim. Sua defesa sem remorsos de doutrinas controversas sobre Maria e o papado eram chocantes; eu nunca tinha pensado seriamente que os católicos tivessem argumentos sensatos e embasados para defender essas crenças.
A presença do livro na mesa do meu pai foi explicada com mais detalhes alguns meses depois, quando ele me ligou e disse que estava retornando ao catolicismo da sua juventude. Minha resposta? “Mas você não pode simplesmente ser luterano ou algo assim?”. Eu me senti traído, indignado e furioso. Nos meses seguintes, servi como pastor de jovens na minha igreja local e, nos tempos livres, lia sobre o porquê de o catolicismo estar errado.
Foi quando encontrei um artigo que falava de uma “crise de identidade evangélica“. O autor pintava um retrato de jovens evangélicos crescendo num mundo pós-moderno, desejosos de encontrar as suas raízes na história e sedentos do testemunho motivador de quem permaneceu firme em Cristo durante épocas cambiantes e conturbadas. Mas, na minha experiência, a maioria das igrejas evangélicas não observava o calendário litúrgico, o credo dos Apóstolos nunca era mencionado, muitos cantos só foram escritos a partir de 1997 e, quando se contava algum relato sobre um herói da história da Igreja, invariavelmente se tratava de alguém posterior à Reforma. A maior parte da história cristã, portanto, passava em branco.
Pela primeira vez, eu entrei em pânico. Encontrei uma cópia do catecismo católico e comecei a folheá-lo, encontrando as doutrinas mais polêmicas e rindo das tolices da Igreja católica. Indulgências? Infalibilidade papal? Esses disparates, tão obviamente errados, me tranquilizaram no meu protestantismo. A missa me soava bonita e a ideia de uma Igreja visível e unificada era atraente, mas… à custa do Evangelho? Parecia óbvio que o demônio construía uma grande organização para afastar muita gente do céu.
Sacudi a maioria das minhas dúvidas e aproveitei o restante do meu tempo me divertindo com o grupo de jovens e compartilhando a minha fé com os alunos. Qualquer dúvida, resolvi, seria tratada no seminário.
Comecei as minhas aulas em janeiro, com a mesma emoção de um fanático roxo por futebol indo para a final da Copa do Mundo. As aulas eram fantásticas e eu pensei que tinha finalmente me livrado de todos aqueles problemas católicos.
Mas, poucas semanas depois, mais dúvidas me assaltaram. Estávamos estudando as disciplinas espirituais, como a oração e o jejum, e eu fiquei cismado com a frequência com que o professor pulava de São Paulo para Martinho Lutero ou Jonathan Edwards ao descrever vidas admiráveis ​​de piedade. Será possível que não aconteceu nada que valesse a pena nos primeiros 1500 anos do cristianismo? Este salto na história continuaria me incomodando em muitas outras aulas e leituras propostas. A maior parte da história da Igreja anterior à Reforma era simplesmente ignorada.
Eu logo descobri que tinha menos em comum com os padres da Igreja primitiva do que eu pensava. Diferentemente da maioria dos cristãos na história, a comunhão sempre tinha sido, para mim, apenas um pouco de pão e suco de uva ocasionais e o batismo só me parecia importante depois que alguém tinha sido “salvo”. Esses pontos de vista não apenas contradiziam grande parte da história da Igreja, mas, cada vez mais, evocavam passagens desconfortáveis da Bíblia que eu sempre tinha desdenhado (João 6, Romanos 6, etc.).
Outras perguntas que eu tinha enterrado começaram a reaparecer, mais ferozes, exigindo uma resposta. De onde foi que veio a Bíblia? Por que a Bíblia não se autoproclamava “suficiente”? As respostas protestantes, que tinham me bastado no passado, já não eram satisfatórias.
Foi lançado nesse tempo um vídeo viral de Jefferson Bethke no YouTube, “Por que eu odeio a religião, mas amo Jesus”. O jovem tinha boas intenções, mas, para mim, ele apenas validava o que o Wall Street Journal tinha chamado de “perigosa anarquia teológica dos jovens evangélicos”, tentando separar Jesus da religião e perdendo muito no processo.
O ponto de inflexão foi a quarta-feira de cinzas. Uma igreja batista em Louisville realizou uma cerimônia matutina e muitos estudantes compareceram às aulas com as cinzas ainda na testa. Na capela, naquela tarde, um professor famoso pelo empenho apologético anticatólico expôs a beleza dessa tradição milenar.
Depois disso, eu perguntei a um amigo do seminário por que a maioria dos evangélicos tinha rejeitado essa linda tradição. Ele respondeu com alguma coisa sobre fariseus e “tradições meramente humanas”.
Eu balancei a cabeça. “Não, eu não consigo mais”.
A minha resistência ao catolicismo começou a se desvanecer. Eu me sentia atraído pelos sacramentos, pelos sacramentais, pelas manifestações físicas da graça de Deus, pela Igreja una, santa, católica e apostólica. Não havia mais como negar.
Foi no dia seguinte que eu liguei para a minha mãe e contei a ela que estava pensando em me tornar católico.
Faltei às aulas da sexta-feira. Fui para a biblioteca do seminário e olhei os livros que eu tinha me proibido de olhar, como o catecismo e os últimos textos do papa Bento XVI. Eu me sentia como se estivesse vendo pornografia. No sábado, fui à missa das cinco da tarde. O grandioso crucifixo da igreja me fez lembrar de quando eu considerava os crucifixos um prova de que os católicos não tinham mesmo entendido a ressurreição.
Mas desta vez eu vi o crucifixo de modo diferente e comecei a chorar. “Jesus, meu Salvador sofredor, Tu estás aqui!”.
A paz tomou conta de mim até a terça-feira, quando a realidade me atropelou. Fico ou vou? Fiz vários telefonemas em pânico: “Eu literalmente não tenho ideia do que eu vou fazer amanhã de manhã”.
Na quarta-feira de manhã, eu acordei, abri meu laptop e digitei “77 razões pelas quais estou deixando de ser evangélico”. A lista incluía coisas como a “sola scriptura”, a justificação, a autoridade, a Eucaristia, a história, a beleza e a continuidade entre o Antigo e o Novo Testamento. Os títulos e os parágrafos fluíam dos meus dedos como a fúria das águas que explodem uma represa secular.
Poucas horas depois, em 29 de fevereiro de 2012, eu saí de Louisville para evitar confundir mais alguém e esperando que eu próprio não estivesse cometendo um erro.
Os meses seguintes foram dolorosos. Mais do que qualquer outra coisa, eu me sentia envergonhado e na defensiva, indagando de mim mesmo como é que a minha identidade e o meu plano de carreira tinham se deixado abalar tão rapidamente. Mesmo assim, eu entrei para a Igreja no dia de Pentecostes com o apoio da minha família e comecei a procurar trabalho.
Muita coisa mudou desde então. Eu conheci Jackie no site CatholicMatch.com naquele mesmo junho. Casei com ela um ano depois e comemoramos o nascimento da nossa filha Evelyn em 3 de março de 2014. Vivemos agora no Estado de Indiana e eu estou feliz no meu novo trabalho.
Ainda sou novato nesta jornada católica. Para todos os que ainda se questionam, eu posso dizer que o meu relacionamento com Deus só tem se aprofundado e fortalecido. Enquanto vou me envolvendo com a paróquia, me vejo muito grato pelo amor à evangelização e à Bíblia que aprendi no protestantismo.
Não acho que eu tenha abandonado a minha fé anterior, mas sim que eu consegui preencher as suas lacunas. Hoje eu dou graças a Deus por ter recebido a plenitude da fé católica.

Fonte: Aleteia

Pai e filho serão ordenados sacerdotes nos Estados Unidos

WALSINGHAM - Em um acontecimento pouco comum na  Igreja  Católica, pai e filho serão ordenados sacerdotes nos Estados Unidos....