sexta-feira, 24 de abril de 2015

Conheça histórias surpreendentes sobre imagem da Padroeira do Brasil

Jovem tentou fugir com a imagem de Nossa Senhora Aparecida.
Escolha da cor da santa após restauração gerou impasse.




Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a padroeira do Brasil. Você vai conhecer agora histórias surpreendentes sobre a imagem da santinha encontrada no século XVIII por pescadores próximo do local onde foi construído o santuário em sua homenagem, no interior de São Paulo.
Ela é pequenina no tamanho, frágil na aparência, mas se tornou um dos maiores símbolos de devoção nacional. Tem uma cidade que leva seu nome e o maior santuário da Virgem Maria no mundo.
No Santuário Nacional de Aparecida, a imagem de Nossa Senhora fica na parte alta da igreja, protegida por vidros blindados.
Devotos de várias regiões do país, muitas vezes viajam dias seguidos nem que seja para passar alguns segundos diante dela.
A imagem da santa gira para uma capela reservada, mas só em ocasiões especiais. “Nós aqui celebramos a cerimônia do manto. Cada vez nós trocamos o manto. Nós fizemos uma proposta de dar um pedacinho do manto para os devotos de Nossa Senhora Aparecida que ajudaram a construir essa basílica e mantém as obras do Santuário Nacional”, diz Dom Darci Nicioli, bispo-auxiliar da Aparecida.
Aparecida foi encontrada por pescadores nas águas do Rio Paraíba do Sul, no interior de São Paulo, há quase 300 anos. A cabeça estava descolada do corpo. Mas foi em 1978 que ela sofreu um duro golpe.
A imagem original de Aparecida ficava ainda na basílica velha. Quando chegou à noite, os devotos vieram para mais uma missa. Só que, desta vez, entre eles, estava um rapaz de 19 anos que teria uma atitude assustadora.
Chovia muito e o jovem se aproveitou de uma queda de energia. Ele conseguiu pegar a imagem da santa e tentou fugir com o maior símbolo de fé dos brasileiros. Um dos guardas deteve o rapaz, mas o pior aconteceu.
A imagem foi restaurada no Museu de Arte de São Paulo (Masp). Um trabalho minucioso para colar os mais de 200 cacos que não se encaixavam. A parte direita do rosto da santa teve de ser refeita.
Essas fotos mostram a imagem restaurada em comparação com a original. A de agora tem um rosto mais cheio e olhos menores.

A escolha da cor gerou um impasse entre a restauradora e o reitor do santuário, o padre Izidro. Ele queria uma cor mais clara. “E ele dizia assim para mim: ‘Essa cor não é original, porque em 47, em 50, foi mudada a cor. Então eu quero que a senhora mude a cor dela’. Eu falei: ‘Não vou mudar’”, conta a restauradora Maria Helena Chartuni.
Depois que a imagem voltou à Aparecida, Izidro continuava descontente com a restauração e ele tomou uma atitude inusitada: tirou a imagem do nicho do santuário e a levou para o convento onde morava.
Ele passou 28 dias e noites esculpindo com as unhas o olhar de Aparecida até sangrar os dedos. E aproveitou para pintar a santa de outra cor.
“Ele se achou no direito de colocar a coloração que ele achava que era a mais válida para imagem, que melhor correspondia a imagem antes do atentado que a havia destruído”, afirma o padre Victor Hugo Lapenta, coordenador de bens culturais de Aparecida.
Desde que Izidro deixou o cargo, a santinha voltou a ser negra.
Esmolas ou fortunas, tudo enchia os cofres da Igreja já nos tempos em que o país ainda era colônia de Portugal. Dom João VI tomou gosto pelo dinheiro da santa e raspava o cofre das ofertas para pagar as despesas pessoais.
Nossa Senhora Aparecida também foi saqueada por tesoureiros que roubavam sem qualquer dor na consciência.
“Houve muito abuso nesse sentido. De uso do cofre de Nossa Senhora para proveito próprio”, afirma Dom Darci Nicioli, bispo-auxiliar de Aparecida.
Apesar da farra com o dinheiro da santa, os desvios não diminuíram a fé dos católicos.
Se hoje ela tem um santuário e está sempre superprotegida, no passado essa história de devoção tinha um enredo bem diferente. A imagem de Nossa Senhora Aparecida, mesmo frágil, estava sempre próxima dos romeiros. E eles faziam questão desse contato.
Os romeiros vinham de longe e passavam a noite dentro da igreja. Quando os padres dormiam, eles tiravam a santa do altar e faziam procissões às escondidas.
As histórias que a gente contou estão no livro ‘Aparecida’, do correspondente da TV Globo no Oriente Médio, Rodrigo Alvarez.
Do encontro da santa no rio aos tempos de hoje, a fé continua fazendo devotos. E a Basílica de Aparecida recebe 12 milhões de pessoas por ano. 
No dia 12 de outubro, Dia da Padroeira, mais de 150 mil fiéis estiveram lá. São devotos que agradecem curas, milagres e graças à santa mãe dos brasileiros.
Fonte: Fantástico.com

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Jovens decidem largar faculdades e profissões para serem padres

Padre explica que há um novo perfil das vocações sacerdotais.
'Eu tinha essa vontade de ser padre desde os 5, 6 anos de idade', diz jovem.



Aos 29 anos, o então professor de geografia Alan Carlos de Oliveira resolveu mudar completamente de vida por causa de um desejo antigo. Ao invés de formar cidadãos nas salas de aula, ele optou pela evangelização. Entrou em um seminário para se tornar padre. "Foi a melhor decisão que tomei", afirma.
A decisão foi tomada em 2013 quando Oliveira morava na pequena cidade de Bela Vista do Paraíso, no norte do Paraná. Foi acompanhado por padres durante um ano, no período chamado de “discernimento”, e agora aos 30 anos, está no segundo ano do Propedêutico do Seminário Arquidiocesano Paulo VI em Londrina.
Alan conta que o desejo de ser padre despertou aos 11 anos, quando era coroinha. Mas, acabou deixando essa vontade de lado para se tornar professor.
“Fui aprovado em Física, fiz um ano e desisti. Depois resolvi fazer Geografia. O mais engraçado é que mesmo na faculdade o pessoal me chamava de ‘seminarista’, porque eu usava um crucifixo, camisas com frases religiosas e sempre carregava um rosário”, lembra.
Após se formar, Oliveira atuou por sete anos em colégios estaduais e particulares. Chegou até a fazer parte do Conselho Tutelar de Bela Vista do Paraíso. Contudo, quando completou 27 anos, o fim de um namoro de um ano e meio deu um novo rumo para a história de Allan. 
“Logo que terminei o namoro, a minha mãe lembrou a minha vontade de ser padre. Essa conversa despertou novamente em mim essa vocação. Aí conversei com o padre da paróquia que eu participava, fiz os encontros vocacionais e comecei o caminho de discernimento”, diz Alan.
Em 2014, veio a mudança para Londrina, primeiro para o Seminário Menor, e em 2015 foi ao Seminário Paulo VI. “A vocação sacerdotal te leva a abrir mão de muita coisa por um bem maior. E eu posso dizer que me sinto completo aqui, vivendo minha vocação”, argumenta.



Seminaristas adultos
Alan é o mais velho dos sete seminaristas do Propedêutico do Seminário Paulo VI em Londrina, que atende jovens entre 17 e 24 anos. Para o reitor do Propedêutico, padre Edivan Pedro dos Santos, ele representa um novo perfil das vocações sacerdotais.
“Quem entra no seminário na fase adulta da vida já sabe o que quer, com maior convicção da vocação. Geralmente esses jovens entram depois um esvaziamento, seja humano, afetivo ou espiritual, e também após vivenciar uma realidade profissional e ter uma graduação. É nesse momento que esses rapazes têm uma grande experiência com Deus. Muitas vezes essa vocação nasceu na adolescência, na juventude, porém foi abafada por outros desejos. Por tudo isso, a escolha dele se torna mais firme, com raízes mais profundas”, analisa o padre.
O próprio padre lembra que decidiu entrar no seminário já aos 24 anos. "Isso mostra que não há tempo certo. A vocação, quando despertada, permanecerá ali, inquietando, até que essa resposta seja dada", afirma.
Vocação
Em cada história ouvida dos seminaristas, a demonstração do amor pela Igreja e por Jesus Cristo é evidente. Amor este que é determinante para eles escolherem a vocação sacerdotal.
Boa parte dos que estão no Propedêutico contam que a vocação foi descoberta muito cedo, entre a infância e a adolescência. Todos ali entraram no seminário entre 2014 e 2015. Alguns não chegaram nem a pensar em fazer outra coisa a não ser se tornar padre.
“Eu lembro que tinha essa vontade de ser padre desde os cinco, seis anos de idade, quando via o padre no altar. Quando era pequeno, queria mesmo era ser Papa. Hoje, quero ser padre mesmo”, se diverte ao lembrar Wesley Ignacio, de 17 anos.
Já para outros, a vocação surgiu na vivência dentro da Igreja. Apesar de trabalhar em outras áreas ou até buscar uma profissão, decidiram largar tudo por um ideal maior. “Eu já atuei como técnico em radiologia, cheguei a iniciar o curso de Fisioterapia, mas deixei tudo isso pela vocação”, diz Luiz Locatelli Flório Neto, de 19 anos.
Alguns deles querem associar a vocação sacerdotal com a profissão desejada. O próprio Wesley Ignacio demonstra o interesse em trabalhar na área de comunicação dentro da igreja. "Pode ser na edição de programas, apresentação, trabalhar com rádio, TV. Quero trabalhar com isso, mas o sacerdócio vem em primeiro lugar. Se eu conseguir somar ambos, melhor ainda", comenta.
Celibato
Os seminaristas contam também que passaram pela experiência do namoro antes de decidir pela vocação sacerdotal. Em um dos casos, o fim do relacionamento foi causado justamente por essa decisão.
“Eu namorava fazia quatro meses com uma garota que conheci em um encontro na Canção Nova [comunidade católica localizada no interior de São Paulo]. Porém, a vocação me inquietava. Um dia decidi e contei para ela minha decisão”, conta Diego Jorge Santos, de 24 anos.
Quando questionados sobre o celibato, eles destacam que essa não é a única e nem a maior das dificuldades vivenciadas. “Há muitas outras renúncias que são mais difíceis de viver. Aqui aprendemos a viver a imagem do Jesus humano. E isso nos faz viver nossa humanidade por completo, tendo equilíbrio em cada uma das áreas, seja afetiva, social, intelectual. E Deus nos capacita para isso”, destaca Diego Santos. 
Apesar de sentirem falta da família e de amigos, nenhum deles mostra dúvida ou arrependimento pela escolha. Ao contrário, falam com firmeza e alegria sobre a vocação. “Nós sabemos que a messe é grande, mas poucos são os operários. Nós fomos escolhidos, e temos certeza que é Deus quem nos capacita para isso”, diz Emanuel Pereira Rosa, de 17 anos.


Rotina
Os seminaristas têm uma agenda cheia durante a semana. No caso dos que estão no Propedêutico, o dia começa às 6h30, com a primeira oração do dia. Depois do café da manhã, têm aulas praticamente todos os dias sobre vários temas, como formação humana, temas de espiritualidade e da igreja, música, comunicação e filosofia.
Após o almoço, as atividades são variadas, entre aulas, limpeza da casa, além da prática de esportes. Uma vez por semana os seminaristas vão até a Casa de Custódia de Londrina, onde auxiliam a Pastoral Carcerária no trabalho de evangelização.
Os seminaristas também têm um dia de folga durante a semana. “Podemos sair, ir ao cinema, ao Igapó, visitar algum lugar, conhecer algo”, conta Gabriel Vital. Porém, precisam chegar até as 22h. "Quem atrasa, precisa conversar com o reitor", acrescenta.
Em alguns dias, o grupo sai junto para fazer uma atividade, geralmente acompanhada do reitor. Além disso, eles têm dois períodos de férias: um no meio do ano e outro no final do ano. Possibilidade de rever a família, os amigos, e voltar a viver no convívio de suas comunidades. Os familiares podem ser visitados também em algumas datas específicas, com na Páscoa, por exemplo.
Dimensão da vocação
Ao todo, a arquidiocese da cidade tem 27 seminaristas, divididos em quatro etapas. Destes, 16 estão no Seminário Paulo VI, sendo os sete do propedêutico e outros nove da Teologia. Além disso, são cinco seminaristas no Seminário Menor, também em Londrina, e outros seis cursando Filosofia em Maringá, também no norte do estado.
Dentro do seminário, os vocacionados passam por acompanhamento psicológico individual e em grupo, trabalho de teologia espiritual e também de orientação individual, além da observação do próprio reitor. “Cada caso é diferente. Nós temos que saber observar e orientar cada um deles”, diz o padre Edivan Santos.
Fonte: g1.com

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Padre Francês revoluciona a forma de converter os fiéis e trazer os católicos à Igreja novamente



É o que está a fazer depois de ter transformado uma igreja a ponto de fechar e de ser demolida na paróquia com mais vida de Marselha. O mérito é ainda maior dado que o templo está no bairro com uma enorme presença de muçulmanos numa cidade em que menos de 1% da população é católica praticante.
Foi um músico de sucesso
A chave para este sacerdote que antes foi músico de êxito em cabarés de Paris e Montecarlo é a “presença”, tornar Deus presente no mundo de hoje. As portas da sua igreja estão abertas de par em par o dia inteiro e veste de batina porque “todos, cristãos ou não, têm direito a ver um sacerdote fora da igreja”.
Na Missa: de 50 a 700 assistentes
O balanço é impressionante. Quando em 2004 chegou à paróquia de S. Vicente de Paulo no centro de Marselha a igreja estava fechada durante a semana e a única missa dominical era celebrada na cripta para apenas 50 pessoas. Segundo o que conta, a primeira coisa que fez foi abrir a igreja todos os dias e celebrar no altar-mor. Agora a igreja fica aberta quase todo o dia e é preciso ir buscar cadeiras para receber todos os fiéis. Mais de 700 todos os domingos, e mais ainda nas grandes festas. Converteu-se num fenômeno de massas não só em Marselha mas em toda a França, com reportagens nos meios de comunicação de todo o país, atraídos pela quantidade de conversões.
Um novo “Cura de Ars” numa Marselha agnóstica
Uma das iniciativas principais do padre Zanotti Sorkine para revitalizar a fé da paróquia e conseguir a afluência de pessoas de todas as idades e condições sociais é a confissão. Antes da abertura do templo às 8h00 da manhã já há gente à espera à porta para poder receber este sacramento ou para pedir conselho a este sacerdote francês.
Os fregueses contam que o padre Michel Marie está boa parte do dia no confessionário, muitas vezes até depois das onze da noite. E se não está lá, anda pelos corredores ou na sacristia consciente da necessidade de que os padres estejam sempre visíveis e próximos, para ir em ajuda de todo aquele que precisa.
A igreja sempre aberta
Outra das suas originalidades mais características é a ter a igreja permanentemente aberta. Isto gerou críticas de outros padres da diocese mas ele assegura que a missão da paróquia é “permitir e facilitar o encontro do homem com Deus” e o padre não pode ser um obstáculo para que isso aconteça.
O templo deve favorecer a relação com Deus
Numa entrevista a uma televisão disse estar convencido de que “se hoje em dia a igreja não está aberta é porque de certa maneira não temos nada a propor, que tudo o que oferecemos já acabou. No nosso caso em que a igreja está aberta todo o dia, há gente que vem, praticamente nunca tivemos roubos, há gente que reza e garanto que a igreja se transforma em instrumento extraordinário que favorece o encontro entre a alma e Deus”.
Foi a última oportunidade para salvar a paróquia
O bispo mandou-o para esta paróquia como último recurso para a salvar, e fê-lo de modo literal quando lhe disse que abrisse as portas. “Há cinco portas sempre abertas e todo o mundo pode ver a beleza da casa de Deus“. 90.000 carros e milhares de transeuntes passam e vêem a igreja aberta e com os padres à vista. Este é o seu método: a presença de Deus e da sua gente no mundo secularizado.
A importância da liturgia e da limpeza
E aqui está outro ponto chave para este sacerdote. Assim que tomou posse, com a ajuda de um grupo de leigos renovou a paróquia, limpou-a e deixou-a resplandecente. Para ele este é outro motivo que levou as pessoas a voltarem à igreja: “Como é podemos querer que as pessoas acreditem que Cristo vive num lugar se esse lugar não estiver impecável? É impossível.
Por isso, as toalhas do altar e do sacrário têm um branco imaculado. “É o pormenor que faz a diferença. Com o trabalho bem feito damos conta do amor que manifestamos às pessoas e às coisas”. De maneira taxativa assegura: ”Estou convicto que quando se entra numa igreja onde não está tudo impecável, é impossível acreditar na presença gloriosa de Jesus”.
A liturgia torna-se o ponto central do seu ministério e muitas pessoas sentiram-se atraídas a esta igreja pela riqueza da Eucaristia. “Esta é a beleza que conduz a Deus“, afirma.
As missas estão sempre cheias e incluem procissões solenes, incenso, cânticos bem cantados… Tudo ao detalhe. “Tenho um cuidado especial com a celebração da Missa para mostrar o significado do sacrifício eucarístico e a realidade da sua Presença”. “A vida espiritual não é concebível sem a adoração do Santíssimo Sacramento e sem um ardente amor a Maria”, por isso introduziu a adoração e o terço diário, rezado por estudantes e jovens.
Os sermões são também muito aguardados e, inclusive, os paroquianos põem-nos online. Há sempre uma referência à conversão, para a salvação do homem. Na sua opinião, a falta desta mensagem na Igreja de hoje “é talvez uma das principais causas de indiferença religiosa que vivemos no mundo contemporâneo”. Acima de tudo clareza na mensagem evangélica. Por isso previne quanto à frase tão gasta de que “vamos todos para o céu”. Para ele esta é uma “música que nos pode enganar”, pois é preciso lutar, a começar pelo padre, para chegar até ao Paraíso.


O padre da batina
Se alguma coisa distingue este sacerdote alto num bairro de maioria muçulmana é a batina, que veste sempre, e o terço nas mãos. Para ele é primordial que o padre ser descoberto pelas pessoas. “Todos os homens, a começar por aquela pessoa que entra numa igreja, tem direito de se encontrar com um sacerdote. O serviço que oferecemos é tão essencial para a salvação que o ver-nos deve ser tangível e eficaz para permitir esse encontro”.
Deste modo, para o padre Michel o sacerdote é sacerdote 24 horas por dia. “O serviço deve ser permanente. Que pensaríamos de um marido que a caminho do escritório de manhã tirasse a aliança?”.
Neste aspecto é muito insistente: “Quanto àqueles que dizem que o traje cria uma distância, é porque não conhecem o coração dos pobres para quem o que se vê diz mais do que o que se diz”.
Por último, lembra um pormenor relevante. Os regimes comunistas a primeira coisa que faziam era eliminar o traje eclesiástico sabendo a importância que tem para a comunicação da fé. “Isto deve fazer pensar a Igreja de França”, acrescenta.
No entanto, a sua missão não se realiza apenas no interior do templo. É uma personalidade conhecida em todo o bairro, também pelos muçulmanos. Toma o café da manhã nos cafés do bairro, aí conversa e com os fiéis e com pessoas que não praticam. Ele chama a isso a sua pequena capela. Assim conseguiu já que muitos vizinhos sejam agora assíduos da paróquia, e tenham convertido esta igreja de São Vicente de Paula numa paróquia totalmente ressuscitada.
Uma vida peculiar: cantor em cabarés
A vida do padre Michel Marie foi agitada. Nasceu em 1959 e tem origem russa, italiana e da Córsega. Aos 13 anos perdeu a mãe, o que lhe causou uma “fractura devastadora” que o levou a unir-se ainda mais a Nossa Senhora.
Com um grande talento musical, apagou a perda da mãe com a música. Em 1977 depois de ter sido convidado a tocar no café Paris, de Montecarlo, mudou-se para a capital onde começou a sua carreira de compositor e cantor em cabarés. No entanto, o apelo de Deus foi mais forte e em 1988 entrou na ordem dominicana por devoção a S. Domingos. Esteve com eles quatro anos, e perante o fascínio por S. Maximiliano Kolbe passou pela ordem franciscana, onde permaneceu quatro anos.
Foi em 1999 quando foi ordenado sacerdote para a diocese de Marselha com quase quarenta anos. Além da música, que agora dedica a Deus, também é escritor de êxito, tendo publicado já seis livros, e ainda poeta.

Fonte: Fidespress

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Na Páscoa, mais um gesto concreto de caridade de Francisco

Na Páscoa, mais um gesto concreto de caridade de Francisco

Sem-teto de Roma surpreendidos Sexta-feira Santa com donativo do Papa - EPA

Cidade do Vaticano (RV) – Mais uma iniciativa de caridade de Francisco, nestes dias de Páscoa: enquanto presidia a Via-Sacra no Coliseu, na Sexta-feira Santa, seu elemosineiro, o polonês Konrad Krajewski, distribuia envelopes com dinheiro a 300 sem-teto dormem nos arredores das estações ferroviárias de Roma. Esta foi a segunda vez que o gesto se realizou na noite de Sexta-Feira Santa.
“Don Conrado”, como é conhecido o esmoleiro, acompanhado por um Oficial da Esmolaria do Vaticano, Mons. Diego Ravelli, foram às estações de São Pedro, Termini, Tiburtina e outras para distribuir o donativo do Papa entre os moradores de rua.
Nos 300 envelopes havia um cartão do Papa com seus votos de Páscoa, uma foto de Francisco e uma quantia em dinheiro.
“Uma pequena carícia do Papa”, era o que os dois diziam ao entregar o envelope. “Muitos, visivelmente emocionados, beijaram a fotografia de Francisco, pedindo para lhe agradecer pessoalmente”, relata o jornal do Vaticano, ‘L’Osservatore Romano’.
Desde que o nomeou como ‘elemosineiro’, o Papa pediu a Dom Krajewski que ele saísse pessoalmente para encontrar os necessitados e não permanecesse atrás de uma escrivaninha.
Além de dinheiro, ‘Dom Conrado’ já distribuiu guarda-chuvas e sacos de dormir para os sem-teto e organizou a construção de duchas para que a população de rua pudesse tomar banho, e também de uma barbearia. Um grupo de sem-teto chegou até mesmo a visitar o Museu Vaticano e a Capela Sistina.

Um dos barbeiros voluntários, Marco Patton, que toda segunda-feira oferece seu serviço na barbearia, recebeu de presente, domingo, 5, um ovo de Páscoa do Pontífice, entregue por Dom Krajewski. 
Fonte:br.radiovaticana.va

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Cuba autoriza construção de primeira igreja católica em 55 anos

Financiado por doações, espaço receberá até 200 pessoas em Sandino.
Iniciativa sinaliza melhora nas relações com o Vaticano, dizem analistas.


A Igreja Católica anunciou que Cuba permitiu a construção da primeira nova igreja do país em 55 anos. Analistas dizem que esse é um sinal da melhora nas relações entre o Vaticano e o governo comunista cubano.

A igreja está sendo financiada por doações de católicos de Tampa, na Flórida, e será construída na cidade de Sandino, na província ocidental de Pinar del Rio.

A publicação católica “Christian Life” diz que ela terá espaço para 200 pessoas.

A Igreja Católica Cubana teve relações tensas com o governo durante muitos anos após a revolução de 1959, mas elas tem melhorado lentamente nos últimos anos.

Os papas João Paulo II e Bento XVI visitaram a ilha, o governo reconheceu o feriado de Natal e passou a autorizar que missas e homilias fossem transmitidas pela mídia oficial.

Fonte: G1.com 

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Nova Capela do Santíssimo Sacramento, após roubo de Sacrário.

Dom Anuar foi à delegacia de Jandaia do Sul visitar acusados de roubar Sacrário.
Na segunda-feira, 30 às 14h30, ocorreu a visita do arcebispo de Maringá, dom Anuar Battisti, aos três homens presos acusados de roubar o Sacrário da igreja matriz de Marumbi.
Na madrugada de sábado para domingo (29), três homens arrombaram a Igreja e levaram o Sacrário com hóstias consagradas. O Sacrário e as hóstias foram localizados dentro de uma fossa em uma residência.
Dom Anuar Battisti, foi fazer uma visita pastoral aos acusados com o objetivo de entender o que aconteceu. “Não queremos julgar. Quero diante deles, ouvi-los e oferecer ajuda. Tenho a informação que seriam usuários de droga. Por isso vou oferecer nossa estrutura da Igreja para que eles possam se recuperar”, disse o arcebispo.
Os homens acusados de terem praticado o crime estão presos na delegacia de Jandaia do Sul.
Na quarta-feira, 01 ás 19h30, em Marumbi, Dom Anuar presidiu a Santa Missa em desagravo ao ato praticado pelos criminosos.


Inclusive na visita aos presos que roubaram o Sacrário em Marumbi, decidimos construir uma capela no terreno onde está a fossa em que as Hóstias Consagradas foram jogadas. Será a mais nova Capela do Santíssimo Sacramento.

Fonte: Facebook / Anuar Battisti

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Formação Litúrgica : Missa Votivas

A Liturgia da Igreja oferece a possibilidade de se celebrar as Missas Votivas, principalmente para favorecer a piedade e a devoção dos fiéis, pois são celebrados os mistérios do Senhor ou em honra da Virgem Maria, dos Anjos, de algum Santo ou de todos os Santos. 

São Missas que proporcionam uma catequese mistagógica, tão necessária para os tempos hodiernos. Sua riqueza espiritual é imensa e todos os sacerdotes são chamados a celebrar as Missas votivas para seus fiéis, e aconselha-se que descubram seu valor. É uma alternativa para cessar as chamadas “Missas temáticas” e também as chamadas “Missas de cura e libertação”, tendo em vista que toda Santa Missa cura e liberta.


Podem ser celebradas nos dias de semana do Tempo Comum, mesmo que ocorra uma memória facultativa. “Não se pode oficiar Missa Votiva quando ocorrer uma memória obrigatória, nos dias de semana do Advento até o dia 16 de dezembro, do Tempo do Natal desde o dia 2 de janeiro, e do Tempo pascal depois da oitava da Páscoa. Porém, se houver uma verdadeira necessidade ou utilidade pastoral, poderá ser usada na celebração com o povo a Missa que corresponda a tal necessidade ou utilidade, a juízo do reitor da Igreja ou do próprio sacerdote celebrante” (IGMR 376).


Segundo o Missal Romano as Missas votivas são;
• Santíssima Trindade com paramentos brancos;
• Divina Misericórdia com paramentos brancos;
• Mistério da santa Cruz com paramentos vermelhos;
• Santíssima Eucaristia com paramentos brancos;
• Santíssimo Nome de Jesus com paramentos brancos;
• Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo com paramentos vermelhos;
• Sagrado Coração de Jesus com paramentos brancos;
• Divino Espírito Santo com paramentos vermelhos;
• Nossa Senhora com paramentos brancos;
• Santos Anjos com paramentos brancos;
• São José com paramentos brancos;
• Santos Apóstolos com paramentos vermelhos;
• São Pedro e São Paulo com paramentos vermelhos.
• São Pedro Apóstolo com paramentos vermelhos;
• São Paulo Apóstolo com paramentos vermelhos;
• Um apóstolo com paramentos vermelhos;
• Todos os Santos com paramentos brancos.

Aos sábados recomenda-se celebrar a Missa votiva à Nossa Senhora, pois é uma antiga tradição que o sábado seja dedicado à Virgem Maria.


Na paróquia onde atuo, aplico Missa votiva a cada quinze dias, favorecendo ao povo, por meio da homilia, a catequese mistagógica adequada para o mistério celebrado. O fluxo dos fiéis aumentou, principalmente de católicos que estavam afastados e que migraram para seitas. Aos sábados, celebro a memória da Virgem Maria; posso dizer que está se aumentando e resgatando visivelmente a devoção mariana.


As Missas votivas devem ser mais utilizadas nas paróquias, para que a Igreja ofereça a riqueza litúrgica de sua tradição e torne acessível, por meio de nós, sacerdotes, o depósito da fé. É urgente que a Liturgia cumpra seu papel evangelizador e catequético.

Pe. Leandro Bernardes,
Pároco de Sebastianópolis.


Fonte: Salvem a liturgia!

Pai e filho serão ordenados sacerdotes nos Estados Unidos

WALSINGHAM - Em um acontecimento pouco comum na  Igreja  Católica, pai e filho serão ordenados sacerdotes nos Estados Unidos....