sexta-feira, 24 de junho de 2016

Padres do Sul de Minas gravam disco, dupla estilo POP

Rodrigo Papi e Sérgio Bedin fazem sucesso em São Sebastião do Paraíso. 
Amigos desde o seminário, religiosos se únem em CD de música pop.


Depois de frequentarem o mesmo seminário quando jovens, dois padres que se formaram juntos se renderam à carreira musical em São Sebastião do Paraíso (MG). Rodrigo Papi e Sérgio Bedin gravaram um disco e estão com a agenda de shows lotada. Para o próximo ano, tem até apresentação internacional.
Natural de Itajubá (MG), aos 17 anos Rodrigo Papi foi para o seminário na cidade de Brodowski(SP). Na época já cantava, era barítono e logo ingressou no grupo de canto. Foi aí que conheceu o padre Sérgio Bedin, que é tenor.
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Padres gravaram disco em São Sebastião do Paraíso (MG)  (Foto: Luciano Tolentino/ EPTV)Padres gravaram disco em São Sebastião do
Paraíso (MG) (Foto: Luciano Tolentino/ EPTV)
“As comunidades hoje são muito acolhedoras, principalmente quando chega um padre novo na cidade. Eu fui muito bem recebido por aqui”, disse o padre Rodrigo Papi.
Depois de ordenados, eles seguiram rumos diferentes, mas se reencontraram em São Sebastião do Paraíso (MG). Uma delas fica no município, a outra em Pitangueiras (SP). E nos últimos 15 anos, cada um deles gravou um disco e foi depois de um encontro, em uma igreja na cidade mineira, que eles se uniram novamente.
“A música começou a entrar na minha vida, comecei a aprender violão e ela chegou como um presente e                                                                                          um dom”, disse Rodrigo Papi.
A música começou a entrar na minha vida, comecei a aprender violão e ela chegou como um presente e um dom"
Rodrigo Papi
músico
Já Sérgio Bedin começou na pastoral. “A música faz parte da minha vida. Comecei a cantar não apenas no seminário, mas na igreja, casamentos, encontros”, lembrou.
Disco em dupla
O trabalho dos dois padres ganhou força com a gravação de um CD, que além de auxiliar na evangelização,  tem um estilo bastante moderno.
Com linguagem acessível, eles escolheram a canção ‘Santíssima”, que cantaram juntos há 15 anos, para o lançamento da dupla. A música já ganhou, inclusive, um videoclipe. “Foi uma maneira de resgatar as lembranças e agradecer por esta nova etapa. A música consegue chegar no interior de cada pessoa, mobiliza as pessoas a se aproximarem mais de Deus e uma das outras”, disseram os padres.
A união deu certo, tanto que a partir do disco “Só um Deus”, começaram a chegar convites de diferentes locais, o que surpreendeu os religiosos. “Esperávamos divulgar o trabalho nas igrejas deMinas Gerais e São Paulo, mas os convites estão chegando de longe”, comentaram, antes de brincar com o estilo musical.
Padre gravaram álbum e farão turnê internacional  (Foto: Luciano Tolentino/ EPTV)Padre gravaram álbum e farão turnê internacional (Foto: Luciano Tolentino/ EPTV)
“As pessoas sempre perguntam se é uma dupla de padres sertanejo, mas sempre esclarecemos que não, nossos estilo é mais pop, músicas de oração e louvor, realmente para todas as idades”, acrescentou Bedin.
Tanto que na próxima semana os padres devem se apresentar no Maranhão, em setembro em Franca (SP) e para 2016 já tem agenda confirmada em um cruzeiro internacional, com Buenos Aires e Montevidéu.
Devolutiva do público
E quando não está celebrando missas, Rodrigo Papi  costuma conversar com os fiéis ali mesmo, no banco da igreja. A atenção dispensada faz o sacerdote ser muito querido por todos.
“Para mim, o padre é um pai espiritual. É através dele que chegamos a Deus”, disse a cirurgiã dentista Cristiane Moraes Pádua.
Já a auxiliar administrativo, Cristiane Ferreira Campos disse que sabe do dom dos padres, e aprova. “Muitas vezes as pessoas não vão à missa, mas tendo alguma distração assim, acho bem interessante”, completou.
Fonte: G1.com

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Dom Kaiagama leva a Nigéria aos bispos brasileiros



Aparecida (RV) – O arcebispo de Jos e Presidente da Conferência Episcopal da Nigéria, Dom Ignatius Kaiagama, pediu à Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nesta solidariedade fraterna com a situação dos cristãos perseguidos no país do continente africano. “Quando falo às pessoas vejo que não há informações suficientes sobre nós. Muitos não têm ideia do que acontece do outro lado do mundo”, disse aos bispos.

Após informar que na Nigéria há apenas 54 dioceses e que o número de bispos não chega a 70, Dom Kaiagama apontou os muitos problemas enfrentados pelo país. “Há o extremismo religioso, promovido pelo grupo Boko-Haram, islâmico terrorista, e o problema de conflitos étnicos no país. A pobreza é a consequência destes dois problemas. Há, inclusive, um caso de uma diocese que rejeitou o próprio bispo, por ele não possuir a mesma etnia”, relatou.
Segundo o bispo, “a Conferência de Bispos da Nigéria é a voz dos que não têm voz”.
Desde 2009, o grupo islâmico terrorista conseguiu conquistar uma parte do Nordeste da Nigéria, onde estabeleceram o seu Califado. Dom Kaiagama recordou que há dois anos,  219 meninas foram captadas e ainda estão mantidas em cativeiro.
“Além de castigar e matar os cristãos, o grupo terrorista islâmico ataca os próprios mulçumanos, dificultando os seus momentos de oração. Até o presente, duas dioceses foram atingidas com as atividades deste grupo.  Atualmente, centenas de milhares de pessoas estão desalojadas. Conventos e paróquias foram fechados. O Seminário menor foi queimado. A minha Igreja, na arquidiocese de Jos, foi atacada e muitas pessoas foram mortas”, denunciou.
Mesmo neste contexto, o arcebispo observa que há muitos mulçumanos abertos ao diálogo e que são moderados. Ressalta, no entanto, que o grupo terrorista islâmico, Boko-Haram, por sua vez, é irracional e insensível, indisposto ao diálogo.  “Muitos cristãos têm a tentação de querer lutar com os mulçumanos, quando tentamos proteger a nossa fé e a identidade cristã. Não podemos nos fechar em nós mesmos”, disse.
Dom Kaiagama agradeceu a Fundação ‘Ajuda à Igreja que Sofre’, que fez o convite para que ele viesse ao Brasil. “Eles têm dado grande ajuda à formação dos catequistas e seminaristas, que são quatro mil em todo o país”, contou.
(CM-CNBB)

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Bispo denuncia exploração sexual de menores na Ilha do Marajó (PA)

Denúncia é do bispo que vive na região há 30 anos, e já testemunhou casos em que crianças se ofereceram com o consentimento da família.




No Norte do Brasil, uma situação dramática. A exploração sexual de menores de idade na Ilha do Marajó. O bispo da região, que tem denunciado o problema, está ameaçado de morte.


Silêncio e lágrima. O rosto no canto da sala. São duas meninas de sete anos. A primeira foi abusada pelo vizinho, também acusado pela polícia de violentar outras duas meninas do bairro. Adamil de Souza Pinheiro está preso.
No depoimento, a criança disse que Adamil ofereceu bombons e pirulitos. E que levou as três para casa dele. A menina afirma que foi levada para cozinha e que Adamil tirou a roupa dela. Quando a criança disse que iria contar para o pai, Adamil teria a ameaçado de morte.
À polícia, Adamil assumiu que manteve relação sexual com as três meninas.
“Eu não conseguia acreditar de ter acontecido isso com a minha filha. Eu acho que isso não é gente pra mim. É um monstro”, lamentou a mãe da criança.

Em 2009, o Fantástico denunciou o abuso sexual de meninas na Ilha do Marajó mostrou. As vítimas dessa reportagem vivem em Melgaço, uma cidade de 26 mil habitantes que também tem o pior Índice de Desenvolvimento Humano do país.
Nos rios de Melgaço, o problema é a exploração sexual. No Tajapuru, o principal da região, crianças e adolescentes usam canoas para se aproximar das balsas que fazem o transporte de cargas entre Belém e Manaus. A princípio, essas meninas entram nas embarcações para vender açaí, farinha, palmito. Mas em muitos casos, acabam fazendo programa em troca de dinheiro, comida e até de combustível.
A denúncia é do bispo do Marajó, Dom José Luiz Azcona. Ele vive na região há 30 anos – e já testemunhou casos em que as crianças se ofereceram aos ocupantes das balsas com o consentimento da própria família.
“Uma mãe levava uma menina de 10 anos para uma dessas balsas, meninas que se chamam ‘balseiras’ no jargão normal. R$ 2,40 e um pequeno balde com vísceras de porco ou de boi, isso é que vale uma menina em algumas regiões do Marajó”, contou Dom José Luís Azcona, bispo da prelazia do Marajó - PA.
Nas palafitas do Tajapuru, o que se vê é uma geração de filhos de balseiras. Muitas foram mães aos 13, 14 anos.
Menina: Falou que eu era bonita... E aí, já sabe.
Jornal Nacional: Isso que aconteceu com você, acontece com outras meninas aqui na região?
Menina: Olha, acontece muito.
“A polícia, somente não, tá na questão da repressão, né? A gente também tenta conscientizar os balseiros e caminhoneiros que trafegam no rio pra que eles não deem carona a nenhuma crianças e nenhum adolescente”, afirmou o delegado Rodrigo Amorim.
O bispo reclama da falta de empenho das autoridades para combater os problemas na ilha. Dom José Luís Azcona já foi ameaçado de morte por denunciar a violência sexual na região.
“Eu sou consciente de que me podem matar, mas eu não posso tolerar mais que esse fenômeno tão triste aconteça diante da minha cara”, disse Dom José Luís Azcona.
“O governo do estado, através da secretária estadual de segurança vem dando esse suporte para os atores e articuladores da sociedade, como Dom Azcona e como outras pessoas que estão lá no arquipélago pra manter a integridade deles”, disse o representante do Governo do Pará Jorge Bittencourt.

Fonte: Jornal Nacional

sexta-feira, 3 de junho de 2016

EUA: hóstia consagrada parece sangrar na igreja de São Francisco Xavier

A diocese de Salt Lake City, Utah (EUA) está investigando um possível milagre ocorrido na igreja de São Francisco Xavier, na localidade de Kearns, a 20km ao sul da capital do estado.


Segundo a mídia local, a hóstia consagrada, Corpo de Cristo, foi recebida por um menino que, ao que parece, não havia feito sua Primeira Comunhão. Ao perceber isso, um familiar do garoto devolveu a hóstia ao sacerdote, que a colocou em um copo d’água para que se dissolvesse, como se costuma fazer em casos semelhantes. Normalmente, em casos assim, a hóstia se dissolve em minutos.

Três dias depois, a hóstia consagrada não só continuava flutuando, senão que apresentava pequenas manchas vermelhas, como se estivesse sangrando. Os paroquianos, ao saber do ocorrido, foram conferir o possível milagre e rezar diante da Hóstia Sangrante.

O diocese local criou um comitê para investigar o possível milagre eucarístico. Tal comitê é formado por dois sacerdotes, um diácono e um leigo, bem como por um professor de neurobiologia. A diocese assumiu a custódia da Hóstia Sangrante e esta não será exposta à adoração pública enquanto a investigação estiver em andamento.

Dom Francis Manion, presidente do comitê de investigação, declarou: “Recentemente, a diocese recebeu a informação de uma hóstia que sangrou na igreja de São Francisco Xavier, em Kearns. Dom Colin F. Bircumshaw, administrador diocesano, nomeou um comitê ad hoc de especialistas para investigar o assunto”.

E completou: “O trabalho da comissão já está em andamento. Os resultados serão divulgados publicamente. A hóstia se encontra neste momento sob custódia do administrador diocesano. Ao contrário dos rumores, não há planos, por enquanto, de expô-la publicamente para adoração”.

Dom Manion concluiu: “Seja qual for o resultado da investigação, podemos aproveitar este momento para renovar nossa fé e devoção no milagre maior: a presença real de Jesus Cristo em cada missa”.


Fonte: Aleteia




Pai e filho serão ordenados sacerdotes nos Estados Unidos

WALSINGHAM - Em um acontecimento pouco comum na  Igreja  Católica, pai e filho serão ordenados sacerdotes nos Estados Unidos....