sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Entrevista com pesquisador Dr. Mark Gray, sobre crescimento da Igreja


Um problema destacado pela pesquisa é que a maioria das paróquias do mundo ainda está localizada na Europa e na América, lugares no qual a Igreja experimenta um declive ou estancamento populacional. O mundo em vias de desenvolvimento está somando mais católicos, mas não existem suficientes paróquias para servi-los.
"Existem paróquias lindas" na Europa, afirmou Gray. "Não podemos pegá-las e mudá-las de lugar de um lado do mundo a outro tão facilmente. Desse modo, em um lugar a Igreja vai ter que fechar paróquias e em outro vai ter que construir muitíssimas, além de ter que encontrar a maneira de organizar seu clero".
Outra descoberta aponta que os católicos estão participando menos na Igreja à medida que ficam mais velhos, o que se observa claramente nas taxas de participação sacramental.
Em todas as regiões, o número de batismos infantis a cada mil católicos é maior que o número de primeiras comunhões, o qual supera o número de crismas e está acima do número de matrimônios celebrados dentro da Igreja.
Embora fosse inegável em regiões como a Europa, onde existe uma baixa geral de números de sacerdotes e religiosos, isto também acontece nas demais regiões, onde o número de membros da Igreja está em crescimento.
A América tem uma taxa de assistência à Missa e um número de matrimônios por cada mil católicos inferiores à Europa, apesar de a população católica no “continente da esperança” ser cada vez maior. Gray sublinhou que estes resultados ainda devem ser analisados.
Por outro lado, o número de sacerdotes, religiosos e religiosas diminuiu na América desde a década de 1980, apesar de o número de católicos e sacerdotes diocesanos ter aumentado nesta região.
Inclusive na África, continente que possui o mais alto crescimento da Igreja, existe uma forte queda na participação sacramental do batismo ao matrimônio. A taxa de matrimônio é, na realidade, muito pequena tanto na África como na América.
Isto pode explicar-se devido à rapidez do crescimento demográfico que supera rapidamente o crescimento das suas paróquias. Pois este continente é o líder mundial com mais de 13 mil católicos por paróquia.
"Na África, mais do que em qualquer outro lugar, a Igreja precisa estudar a possibilidade de que alguns renunciem ou atrasem a atividade sacramental devido à falta de acesso à uma paróquia próxima", sustenta o relatório do CARA.
A Ásia, entretanto, lidera a participação sacramental e supera todas as outras regiões nas taxas de primeiras comunhões, crismas e matrimônios.
"Algo que acontece na Ásia é evidente. Pois a tendência deste continente é oposta as demais regiões", assinalou Gray, que adicionou que os líderes católicos deveriam prestar atenção ao que está acontecendo ali.
Com exceção da China continental, região da qual o Vaticano não proporcionou dados, a população católica na Ásia aumentou em aproximadamente 63% desde 1980. Em geral, a assistência à Missa também diminuiu significativamente, embora alguns países asiáticos reportaram uma assistência à Celebração Eucarística mais alta do que nos outros.
O número de sacerdotes diocesanos aumentou em mais do que dobro na Ásia desde 1980 e o número tanto de sacerdotes, como de religiosos e religiosas, aumentou quase o dobro, durante este período.

Fonte: Acidigital

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