terça-feira, 6 de janeiro de 2015

O Presente dos Magos: Ouro, Incenso e Mirra


                                                                              Mateus 2,11

11 E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ¹ouro²incenso e ³mirra



OURO — Esse ocorre nativo, usualmente amalgamado com a prata, em quantidades variáveis. É extremamente maleável e dúctil, e não mancha. Essas propriedades o tornavam muito aceitável material para ornamentação, tais como contos e anéis, até mesmo para o homem da Idade da Pedra. O ouro foi prescrito para ser usado nos móveis mais importantes do tabernáculo de Moisés (Ex 25) e do templo de Salomão (1 Rs 6). Esse metal era especialmente abundante no aluvião do deserto oriental do Egito, e os israelitas devem ter removido vastas quantidades do mesmo por ocasião do êxodo. Outras fontes conhecidas no mundo antigo eram a costa ocidental da Arábia, as montanhas da Armênia e da Pérsia, a Ásia Menor e as ilhas do mar Egeu. O ouro desde bem cedo se tornou valioso como artigo de trocas. 



INCENSO — Um elemento comum do ritual do AT, o incenso era uma oferta cara e um sinal que reconhecia essencialmente a deidade (cf.Ml 1.11) A palavra tem uma dupla aplicação: refere-se tanto à substância usada para queimar como ao odor aromático que é assim produzido. Duas palavras hebraicas são assim traduzidas: (1) levonah, "incenso puro"; e (2) qetoret,"fumaça cheirosa" (em nossa versão portuguesa, "incenso"; is 1.13). Entre os israelitas, somente aos sacerdotes era permitido oferecer incenso. Quando o Senhor deu a Moisés instruções relativas a Arão, essas incluíam regulamentos estritos concernente ao emprego do incenso no lugar santo (Lv 16.12 s.). O incenso é igualmente usado nas Escrituras como símbolo da oração (p.ex., Sl 141.2; Ap 8.3s.; gr., thymiama). V. tb INCENSO PURO; SACRIFÍCIO E OFERTA (AT). Essa substância da exudação resinosa de certas árvores relacionadas com o terebinto, sendo que a mais importante delas são a Bosweilia canerii, a BosweíHa papyri fera, e a Bosweltia thurifera. Essas espécies multiplicam se abundantes no sudoeste da Arábia, na Abissínia e na Índia. Forneciam muito da riqueza adquirida por aqueles comerciantes que seguiam pelas antigas rotas das especiarias, desde o sul da Arábia até Gaza e Damasco (Is 60.6), A resina aromática branco-amarelada era obtida mediante incisão da casca e, embora fosse acre ao paladar, o incenso era extremamente odorífero.Fazia parte da composição do azeite santo da unção (Êx 30.34), e também era queimado, juntamente com outras substâncias, durante a oferta de manjares (Lv 6.15). O incenso era colocado em forma purificado sobre os pães da proposição, no tabernáculo (Lv 24.7). Se por um lado agradava aos sentidos (Ct 3 6; 4.6,14), por outro lado também simbolizava o fervor religioso (cf. Ml 1.11). O incenso puro dado como presente a Cristo pelos magos (Mt 2.11) tem sido interpretado como símbolo de seu ofício sacerdotal. 



MIRRA — (acádio, murru; em hebraico, mor) — Exudacão resinosa da haste e dos ramos de uma árvore baixa, ou a Commiphora myrrha (também Balsamodendron myrrha Aíees) ou a intimamente relacionada Commiphora kataf. Ambas as espécies são nativas dos desertos da Arábia e de partes da África. A goma goteja do arbusto no chão, onde endurece para formar uma resina oleosa de cor marrom-amarelada. A mirra era um ingrediente do óleo da santa unção (Êx 30.23-33). Era muito procurada por causa de suas qualidades aromáticas (Sl 45.8; Pv 7.17; Ct 3.6, 4.14; 5.5,13), e era uma das substancias empregadas nos ritos de purificação das mulheres (Et 2.12), como também na preparação de cosméticos (v. COSMÉTICOS E PERFUMARIA). Mirra foi um dos presentes ofertados ao infante Jesus, trazida pelos magos (Mt 2.11), formou parte de um estupefaciante  que lhe foi oferecido no Calvário (Mc 15.23), e foi uma das especiarias usadas por ocasião de seu sepultamento (Jo 19.39). A "mirra” de Gn 37.25; 43.11 (heb., foi), levada pelos comerciantes ismaelitas para o Egito, provavelmente era a resina da Cistus viltosus L , ou seja, o ládano comercial.

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